Superclássico ficou marcado por confusão entre brasileiros e argentinos nas arquibancadas do Maracanã
(Getty Images)
O Presidente da Fifa, Gianni Infantino, se manifestou nesta quarta-feira (22) sobre as confusões no duelo entre Brasil e Argentina, e repudiou os atos de violência que antecederam e atrasaram o clássico realizado no Maracanã na noite de ontem.
“Não há absolutamente nenhum lugar para a violência no futebol, dentro ou fora de campo. Tais eventos, como os vistos durante a partida entre Brasil e Argentina pelas eliminatórias da Copa do Mundo da FIFA no Estádio do Maracanã, não têm lugar em nosso esporte ou sociedade”, declarou o presidente nas redes sociais.
O encontro, que terminou com a vitória da Argentina por 1 a 0, começou com um atraso de meia hora devido aos confrontos entre os torcedores brasileiros e argentinos durante a execução dos hinos nacionais. Pelo Instagram, o Presidente da Fifa também fez um pedido às autoridades.
“Sem exceção, todos os jogadores, torcedores, funcionários e dirigentes precisam estar seguros e protegidos para jogar e apreciar o futebol, e eu peço às autoridades competentes que garantam que isso seja respeitado em todos níveis”, concluiu.
Presidente da Fifa se pronunciou pelo Instagram sobre os ocorridos de Brasil x Argentina (Reprodução/ Redes Sociais)
Declaração da CBF
Na manhã desta quarta-feira (22), a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) se pronunciou sobre o fato dos ingressos terem sem separações de locais entre as torcidas.
Por meio de nota oficial, a entidade esclareceu que a organização e o planejamento da partida foram realizados de forma "cuidadosa e estratégica".
"Os planos de ação e segurança foram aprovados sem qualquer ressalva ou recomendação pelas autoridades presentes. Participaram da primeira reunião realizada na sede da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ), no dia 16 de novembro de 2023, às 11:00, representantes da Polícia Militar RJ, SEPOL, Ministério Público, Juizado do Torcedor, na esfera da segurança pública, além de outros órgãos como a Guarda Municipal, CET-RIO, Subprefeitura, Concessionária Maracanã, SEOP", pontuou a CBF.
Com isso, a Confederação Brasileira de Futebol afirma que a realização da partida com torcida mista sempre foi de ciência "da Polícia Militar do RJ e das demais autoridades públicas, pois é o padrão em competições organizadas pela FIFA e CONMEBOL, como ocorre nas Eliminatórias da Copa do Mundo".
Além disso, a entidade relatou que havia considerado a classificação do jogo "como vermelha", tanto que atuaram na jogo 1050 vigilantes privados e mais de 700 policiais militares da Polícia Militar do Rio de Janeiro.
A Conmebol ainda não se pronunciou sobre uma possível punição ao Brasil com perda de mando de campo para os próximos jogos das Eliminatórias.
*Estagiário sob supervisão de Paulo Duarte
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