Homens armados atacaram nesta quinta-feira um comício eleitoral na província de Punjab, sul do Paquistão, e sequestraram o filho de um ex-primeiro-ministro do país, intensificando a violência às vésperas das eleições nacionais, que acontecem no sábado.
Ali Haider Gilani, filho do ex-primeiro-ministro Yousuf Raza Gilani, é candidato a uma cadeira na Assembleia provincial no distrito de Multan.
Ele participava de um evento eleitoral na cidade de Multan nesta quinta-feira - o último dia de campanha política em todo o país - quando os homens surgiram, começaram a atirar, pegaram Ali Haider Gilani e o levaram num veículo.
Um morador de Multan que participou do evento disse a uma emissora de televisão estatal que os homens estacionaram um carro e uma motocicleta do lado de fora de onde Ali Haider estava reunido com algumas centenas de partidários.
Quando ele saiu do prédio, dois homens abriram fogo, matando um integrante da comitiva do candidato. "Um dos homens pegou Haider, que tinha sangue espalhado em suas calças", disse Shehryar Ali, em declarações à rede de televisão paquistanesa Geo News.
Um funcionário do governo de Punjab, Rao Iftikhar Ahmad, disse que um dos guardas de Gilani foi morto e cinco pessoas ficaram feridas. Ainda não havia informações sobre quem sequestrou Ali Haider.
As eleições de sábado são um marco histórico para o Paquistão, pois será a primeira vez em que um governo civil conclui seu mandato e se prepara para passar o comando do país para outro grupo democraticamente eleito. Mas a corrida eleitoral tem sido marcada por uma onda de ataques violentos contra candidatos e eventos eleitorais.
A maior parte da violência é atribuída ao Taleban e tem como alvo principalmente partidos políticos que apoiam operações militares contra os militantes no noroeste paquistanês. Gilani é candidato pelo Partido do Povo Paquistanês, uma das três legendas que está na mira do Taleban.
O pai de Gilani ocupou o cargo de primeiro-ministro por quase quatro anos, mas foi forçado pelo Tribunal Superior a deixar o posto no ano passado, depois de ter se recusado a abrir um caso de corrupção contra o presidente Asif Ali Zardari. As informações são da Associated Press.
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