“Não tem diferença de um professor doutrinador para um traficante de drogas que tenta sequestrar os nossos filhos para o mundo do crime. Talvez o professor doutrinador seja pior”, disse o deputado federal (Tânia Rêgo / Agência Brasil)
Um dos alvos da Operação Intocáveis, que prendeu nesta terça-feira, (22), suspeitos de participarem do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) no ano passado, o major da Polícia Militar do Rio de Janeiro Ronald Paulo Alves Pereira, foi homenageado pelo senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) em 2004, quando este era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
Na época, Flávio fez uma Moção de Louvor e Congratulações que homenageasse o policial por "importantes serviços prestados ao Estado do Rio de Janeiro quando da operação policial realizada no Conjunto Esperança no dia 22 de janeiro de 2004", um confronto que teria resultado na morte de três pessoas.
Um deles, segundo o pedido disponível no site da Alerj, é descrito como "o meliante Macumba, líder do trafico no Conjunto Esperança, Complexo da Maré". A operação também teria apreendido dois fuzis M16 A2, uma granada, dois celulares e um rádio - além de projéteis de variados tipos.
Segundo o jornal O Globo, pelo menos cinco pessoas já haviam sido presas até às 8h20 desta terça-feira, entre eles Pereira. A ação agora deflagrada mira em um grupo que atua em Rio das Pedras - considerado o mais perigoso do Rio -, mas os agentes estiveram também em outros endereços da zona oeste, como Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes, Vargem Grande e Vargem Pequena.
Leia mais:
Flávio Bolsonaro reclama que não teve oportunidade de esclarecer movimentações
No Instagram, Haddad ironiza 'sumiço' de assessor de Flávio Bolsonaro
Em 1 mês Flávio Bolsonaro recebeu 48 depósitos suspeitos, diz Jornal Nacional