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A realização de grandes festas de Carnaval em Belo Horizonte foi liberada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Nessa sexta-feira (25), uma liminar chegou a proibir os eventos por conta da alta probabilidade de propagação da Covid-19. A preocupação agora é com os abusos e aglomerações nas ruas, principalmente em meio à greve das forças de segurança.
O cancelamento dos shows carnavalescos, solicitado pelo Ministério Público, foi acatado por um juiz da 2ª Vara Municipal de BH. A prefeitura recorreu e o pedido foi aceito pelo TJ, que considerou que o texto não se mostrava “coerente, nem razoável” à revogação dos alvarás já concedidos.
Grandes festas particulares estão previstas em vários espaços fechados da capital, como no Expominas, na região Oeste. Os participantes, no entanto, devem cumprir protocolos sanitários: apresentação do comprovante de vacina ou exame de Covid com resultado negativo.
Bloquinhos nas ruas da metrópole estão proibidos. As vias não serão fechadas para os foliões. Também não haverá disponibilização de banheiros químicos. A Guarda Municipal manterá o efetivo e poderá realizar abordagens às pessoas que desrespeitarem as regras.
Outra preocupação em relação a possíveis abusos por parte da população se deve à greve das forças de segurança. O prefeito Alexandre Kalil fez um apelo às polícias para que trabalhem durante as festas.
A Polícia Militar não disponibilizou fonte para falar sobre o assunto. Por nota, a corporação informou que, em virtude da pandemia, atuará com reforço de efetivo nas questões envolvendo segurança pública e em apoio aos demais órgãos, “caso haja solicitação”.
Na manifestação de ontem dos agentes de segurança, para pressionar o governador Romeu Zema por reajustes de salários, o sargento Marco Antônio Bahia, presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares (Aspra), afirmou que as atividades seguirão, mas “com menor empenho”, o que já tem ocorrido desde a aprovação da paralisação, na última segunda-feira.
O governo de Minas afirmou, recentemente, que aglomerações não serão admitidas durante o Carnaval. Ontem, procurado novamente, o Executivo estadual não se manifestou.