(Lucas Prates)
Sem ponto fixo e com o crescimento expressivo da concorrência, os food trucks – restaurantes sob rodas – se desdobram para atrair a clientela. As estratégias para ganhar mercado, que vão de cardápios com produtos de edição limitada a wifi liberado, têm dado certo. Além de vender mais a cada mês, os empresários do setor estão ampliando os negócios. Alguns pagaram o investimento em seis meses de atuação na cidade. É o caso da Só Coxinhas, que, como diz o nome, comercializa o salgado considerado paixão nacional. Segundo a sócia-proprietária do food truck, Tatiana Giacoia, o negócio funciona de terça a domingo. De terça a quinta, o foco são as praças da cidade. Neste período são vendidos 400 copos de minicoxinhas diariamente. Cada copo possui 12 salgados e custa R$ 12. Isso significa que o faturamento nestes três dias gira em torno de R$ 14,4 mil. De sexta a domingo, o carro normalmente atende a eventos e vende cerca de mil copos por dia, somando R$ 36 mil de receita. Isso significa que em uma semana o Só Coxinhas fatura, em média, R$ 50,4 mil. A empresa chegou a Belo Horizonte em fevereiro e o investimento realizado até o momento já se pagou. “As coxinhas são produzidas no interior de São Paulo com produtos de altíssima qualidade e trazidas para BH”, diz Tatiana. Ela comenta que o público é composto por famílias, já que os pontos de comércio são, prioritariamente, as praças da cidade. Foi nas praças, aliás, que alguns food trucks se conheceram e montaram um roteiro único, fortalecendo o movimento em Belo Horizonte. A Cadê Meu Brigadeiro? faz parte deste grupo. Embora a sócia-proprietária Mônica Galan não informe a quantidade de doces vendidos semanalmente, os negócios vão de vento em popa. Tanto que em setembro um novo carro começa a circular em BH. “Serão duas kombis com destinos diferentes rodando pela cidade”, comemora. Uma das atrações é o Perdição Limitada. Trata-se de um sabor que é comercializado por 30 dias apenas. Em agosto, o destaque vai para o pote de brigadeiro branco feito com chocolate belga acompanhado de camadas de creme e topping de Ovomaltine. Quem também aparece de carro novo em breve é a Crepioca. De acordo com a sócia do food truck, Débora Gontijo, ela e o marido largaram os cargos de gerência em uma multinacional para investir no ramo. O marido, Luciano Nery, fez um curso de crepes em uma escola francesa de São Paulo. “Mas ele é danado”, brinca a empresária. Na volta, Luciano mudou os ingredientes e eles decidiram abrir a Crepioca. Para atrair os clientes, constantes novidades no cardápio e wifi liberado. Cerca de 200 unidades de crepe, tapioca e crepioca são vendidas por dia pela Crepioca, de Débora Gontijo. Em parceria com Tatiana Giacoia, da Só Coxinhas, ela abriu o Oh, My Churros!, que funciona em festas e eventos