Reajuste oferecido não agrada

Forças de segurança convocam novo protesto para esta sexta, a partir de 9h

Luiz Augusto Barros
@luizaugbarros
25/02/2022 às 07:55.
Atualizado em 25/02/2022 às 08:18
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

A proposta de reajuste de 10% e o pagamento de mais duas parcelas de abono, anunciadas pelo governador Romeu Zema, não convenceram as forças de segurança em Minas. A categoria, ainda em greve, marcou protesto para hoje, a partir das 9h, na Cidade Administrativa. 

Conforme o gestor, o funcionalismo público deverá receber a correção a partir de maio, o que englobaria policiais militares, civis, penais e bombeiros. O abono, sempre pago em abril, seria ampliado para três parcelas a serem quitadas em março, junho e outubro, com valor referente a 40% da remuneração de um soldado.

De acordo com a secretária de Planejamento e Gestão, Luísa Barreto, o valor pago em relação ao chamado “abono-fardamento” é de cerca de R$ 1,8 mil. “Se considerarmos o reajuste de 10%, vão ser três pagamentos de R$ 2 mil”. O Projeto de Lei foi encaminhado à Assembleia Legislativa.

“O cobertor das contas públicas é curto e, portanto, o compromisso que faço hoje com os servidores de Minas são conquistas que estão no limite da possibilidade do Estado”
Romeu Zema

A proposta não atende o pedido da categoria, informou o coronel Ailton Cirilo, presidente da Associação dos Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros (AOPMBM), que confirmou mais uma manifestação para esta sexta-feira. Na segunda, os agentes se reuniram na Praça 7, no hipercentro, e marcharam até a Assembleia, na região Centro-Sul, onde foi aprovada a paralisação.

Diretor da Federação Interestadual dos Policiais Civis (Feipol) da região Sudeste, Wemerson Oliveira garante que as mudanças são insuficientes, já que o pedido é por uma correção de 37%. “Essas duas parcelas não entram no salário. O governo pode eliminar isso a qualquer momento”.

Em 2020, foi pago um reajuste de 13%, enquanto outros dois – de 12% cada – seriam quitados nos anos seguintes. Os aumentos, entretanto, foram vetados por Zema.

Outros Servidores

Além do reajuste, que vale para servidores ativos, inativos e pensionistas, haverá um aumento no auxílio alimentação e na ajuda de custo, que sobem de R$ 47 para R$ 75 por dia. 
Para os trabalhadores da educação, os 10% serão retroativos a janeiro.

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