(Lucas Prates)
Com atividades paralisadas desde segunda-feira (23), as forças de segurança de Minas Gerais deram um "ultimato" ao governador Romeu Zema (Novo) para obter uma resposta sobre as reivindicações de recomposição salarial até esta sexta-feira (25).
Segundo o Wemerson Oliveira, diretor da Federação Interestatual da Polícia Civil (Feipol Sudeste), a correção deve ser de 37,75%. Ele explica que as categorias chegaram a este índice, descontando o reajuste de 13% que tiveram em 2020, sobre a perda inflacionária calculada de 2015 a 2021 que chega 50,75%.
O acordo fechado com o governador Zema em 2020, prevê que os servidores da segurança recebam três reajustes: 13% em 2020, e 12% em 2021 e 2022. Apenas a primeira parcela foi paga.
O deputado estadual Sargento Rodrigues (PTB), membro efetivo da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas (ALMG) e principal interlocutor das forças de segurança, disse à reportagem que Zema tem até às 17h de sexta para protocolar na Assembleia a proposta de recomposição salarial reivindicada por bombeiros, policiais civis, militares e penais ou o movimento recrudescerá as ações.
“Esperamos uma resposta até 17h do dia 25. E que o governador não nos mande uma proposta de reajuste de 10,7% ou associada à aprovação do Regime de Recuperação Fiscal (RRF), porque as forças policiais reagirão com um endurecimento da paralisação”, afirmou o parlamentar.
Ouvido pela reportagem, o vice-presidente do Sindicato dos Policiais Penais de MG, Wladmir Dantas, afirmou que a categoria aguarda a chance de falar com o governo.
“Estamos esperando pela possibilidade de dialogar com o Zema. Enquanto isso, a população acaba sofrendo as consequências da paralisação”, disse.
Nas redes sociais, Romeu Zema afirmou nesta quarta-feira (23), que está avaliando condições para atender os policiais mesmo com dificuldades nas contas do Estado.
Na terça-feira (22), o governador, o secretário de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco; comandantes da PM e do Corpo de Bombeiros; o chefe da Polícia Civil; além de outros membros do Estado e das forças policiais se reuniram para debater o reajuste.
O resultado da reunião não foi divulgado, além da informação de que uma agenda prioritária para discutir a recomposição salarial das forças de segurança foi estabelecida no Estado.
A reportagem procurou entidades representativas da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, mas não obteve resposta. O Estado informou que não comentará a fala do deputado Sargento Rodrigues.