França quer "compensar" consequências da escravidão

PARIS - Os serviços do premier francês, Jean-Marc Ayrault, estudam com associações formas de "compensar" simbolica e/ou financeiramente as consequências da escravidão no país, indicaram na sexta-feira (12) fontes concordantes.

O Conselho Representativo de Associações Negras (Cran) informou ter sido recebido, em maio e na última segunda-feira (8), por conselheiros do primeiro-ministro, "para discutir compensações ligadas à escravidão".

"O gabinete do premier comprometeu-se a organizar uma reunião interministerial sobre o tema até 9 de novembro", disse o presidente do Cran, Louis-Georges Tin. A informação foi confirmada por uma fonte do governo.

Durante sua gestão como prefeito de Nantes, que foi um importante centro de tráfico negreiro, o atual premier, Jean-Marc Ayrault, apoiou iniciativas para recuperar a memória histórica daquela época. Em março passado, foi inaugurado naquela cidade o Memorial da Abolição.

A escravidão foi abolida na França em 1848.