A França reconheceu nesta terça-feira a recém-criada Coligação Nacional da Síria como única autoridade legítima da Síria, em um anúncio feito em Paris pelo presidente François Hollande. A França é o primeiro país europeu a reconhecer a Coligação, formada no domingo no Catar, como governo legítimo da Síria. Na segunda-feira, seis países árabes do Golfo Pérsico reconheceram a Coligação como governo legítimo sírio. Hollande também não descartou o envio de armas aos insurgentes que tentam derrubar o presidente sírio Bashar Assad.
"A França reconhece a Coligação Nacional da Síria como único corpo representativo do povo da Síria e em consequência como o futuro governo de uma Síria democrática", disse Hollande. Apoiada pelos Estados Unidos e pelo Conselho de Cooperação do Golfo, grupo de seis países árabes do Golfo Pérsico liderado pela Arábia, a oposição síria ficou reunida no Catar durante uma semana até chegar a um acordo no domingo para ser unificada na Coligação Nacional da Síria.
Apesar da unificação, a oposição síria ainda enfrenta vários desafios, entre eles o controle de várias milícias que combatem as tropas de Assad na Síria. Em algumas regiões controladas pelos rebeldes, principalmente nas províncias do norte da Síria, já ocorreram confrontos entre os insurgentes e entre insurgentes árabes e curdos.
Hollande disse que a França examinará o envio de armamentos aos rebeldes sírios, agora que foram oferecidas garantias de representatividade. "Nós vamos examinar essa questão", afirmou. Hollande repetiu que, a despeito do possível envio de armas, a França só participaria de uma ação militar contra o governo de Assad se houver uma resolução aprovada pelas Nações Unidas, o que não parece ser provável. A França foi a metrópole colonial da Síria entre 1920 e 1946, quando o país finalmente ficou independente.
As informações são da Dow Jones.
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