Freiras ortodoxas gregas libertadas depois de serem mantidas reféns por rebeldes sírios ligados a Al-Qaeda chegaram a Damasco na manhã desta segunda-feira, encerrando quatro meses de cativeiro por meio de uma troca rara entre insurgentes e governo.
As 13 mulheres disseram ter sido bem tratadas pelos rebeldes. A população de Damasco deu boas-vindas às freiras na Igreja da Cruz, no bairro predominantemente cristão de Qassaa, informou a agência de notícias estatal Sana.
Rami Abdurrahman, do Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, grupo de oposição com sede em Londres, no Reino Unido, disse que o governo libertou 150 mulheres prisioneiras e três filhos de uma prisioneira em troca das freiras que haviam sido feitas reféns.
Em Damasco, as freiras rezaram antes de seguirem para o Patriarcado Grego Ortodoxo na Velha Damasco, onde ficarão a partir de agora, informou a Sana.
Também nesta segunda-feira, a Anistia Internacional acusou o governo sírio de cometer crimes de guerra e contra a humanidade ao fazer um cerco a civis e obrigá-los a passar fome no bairro de Yarmouk, no sul de Damasco.
A Anistia Internacional disse estimar que 128 pessoas morreram de fome no local, dominado por palestinos, desde que forças leais a Bashar Assad apertaram o cerco contra o bairro em julho, buscando expulsar rebeldes e punir civis por abrigá-los. Os esforços para atingir uma trégua em Yarmouk a fim de entregar alimentos falharam várias vezes. Fonte: Associated Press.
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