(Reprodução Facebook)
Após imbróglio, voltam ao trabalho na próxima terça-feira (8) os 453 funcionários da MGS, que corriam o risco de serem demitidos da Unidade de Atendimento Integrado (UAI) da Praça 7.
Por meio de nota, a Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) informou que está revisando todos os atos administrativos dos últimos 60 dias, entre eles, o processo de Parceria Público-Privada (PPP), que estava parado desde 2015 e que foi retomado há duas semanas pelo governo anterior do PT, e que causaria a demissão de 453 funcionários.
Pela previsão da PPP, o consórcio Praça Sete Central de Atendimento ao Cidadão S/A assumiria a administração da Uai da Praça 7 a partir de 2 de janeiro deste ano. Na última sexta-feira (4), porém, representantes do governo de Romeu Zema (Novo) se reuniram com sindicatos e membros da MGS, no Ministério Público do Trabalho em Belo Horizonte.
"Ficou resolvido que o Estado de Minas Gerais vai revogar a ordem de serviço da PPP e voltar com todos os empregados da MGS na terça-feira. O Estado vai fazer um estudo para verificar como ficará a questão, se volta com a concessionária ou se permanece com a MGS", explicou o procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho, Rafael Bernardes Carvalho.
Entenda
Desde 2015, a MGS passa por um conturbado processo de privatização, tendo entregue à iniciativa privada a gestão dos postos Uai de Venda Nova e do Barreiro, ainda em 2016. O processo de privatização da MGS chegou a ser suspenso, mas foi retomado em setembro do ano passado, na gestão Pimentel.
Durante as negociações entre governo e funcionários da MGS, a procuradora Adriana Augusta de Moura Souza, da Procuradoria Regional do Trabalho da 3ª Região, recomendou que o governador Romeu Zema adiasse, por pelo menos 60 dias, os trâmites de privatização da Uai da Praça 7.
A Uai da Praça 7 sedia uma agência do Sistema Nacional de Emprego (Sine) e atende cerca de 7 mil pessoas diariamente — todos os funcionários são contratados pela MGS.
Comissionados
Outro comunicado assinado pelo secretário de Planejamento e Gestão, Otto Alexandre Levy Reis, prevê também a recondução, até o dia 12 de janeiro, de servidores comissionados que exerciam “atividades essenciais” no Executivo. A alegação é manter serviços emergenciais ou contínuos.
“A Seplag informa que estabeleceu prazo até o dia 12 de janeiro para que os dirigentes de todos os órgãos e entidades estaduais enviem à Seplag a relação de ocupantes de cargos comissionados que serão reconduzidos aos seus cargos para suprir eventuais necessidades dentro de cada pasta, seguindo ainda a determinação de enxugamento da máquina pública estadual e a drástica redução de postos ocupados por indicações políticas. A medida também serve para delimitar prazo para quem será readmitido ou desligado definitivamente da estrutura de recrutamento amplo do Estado” diz a nota.
* Com Rosiane Cunha
Leia mais:
Apelo de Zema por pacto para ‘salvar’ Minas exigirá esforço concentrado de todos setores do Estado
Zema cancela exonerações, tira esposa de Pimentel do Servas e põe mulher do vice-governador no lugar
Governador diz que abriu a 'caixa preta' das finanças de Minas e que 13º dos servidores é prioridade