Galo líder, título na mão: atleticanos usam o manto para votar curtindo a ponta da Série A

Alexandre Simões
@oalexsimoes
15/11/2020 às 10:31.
Atualizado em 27/10/2021 às 05:02
 (Alexandre Simões/Hoje em Dia)

(Alexandre Simões/Hoje em Dia)

Este domingo de eleições municiais foi especial para o atleticano. Com o time líder isolado do Brasileirão, após a vitória por 2 a 1, de virada, sobre o Corinthians, na noite do último sábado, em São Paulo, pegar o título teve um sabor especial para a Massa, que vestiu o manto para digitar seu voto na urna.

O advogado Leonardo Tito, de 42 anos, que leva o Atlético na pele, com o escudo tatuado na perna, usava bermuda, camisa, máscara, era um misto de alegria, pela retomada da ponta, e pés no chão.

“Não tem nada ganho ainda. Nos pontos corridos, o importante é terminar o campeonato na frente. Mas voltar à liderança foi importante e não tem como negar que pegar o título hoje e vir votar teve um gostinho especial. O time tem bons jogadores, um treinador diferenciado, mas precisa ficar atento às arbitragens. A diretoria precisa ir ao Rio de Janeiro protestar”, afirma.Alexandre Simões/Hoje em Dia / N/A

Leonardo Tito foi à zona eleitoral com a camisa do Galo Futebol Americano

A não marcação do pênalti no chileno Vargas no início do jogo do último sábado, contra o Corinthians, fez o tema arbitragem virar a preocupação alvinegra num domingo de felicidade.

“Eu acredito que vem o bicampeonato este ano. Só que, mais do que o Flamengo, quem me preocupa são juízes”, afirma Edgardo Souza Silva, aposentado.

Ele e Antenor Geraldo, de 68 anos, viram o time campeão brasileiro de 1971, única conquista atleticana na competição. E dá até para fazer um paralelo entre os dois times.

“Estou muito empolgado este ano. O nosso ponto fundamental é o treinador. O Sampaoli é diferenciado. Nisso lembra 1971, quando a gente tinha o Telê. Outro ponto a se destacar é que o Galo tinha um time operário. Não tinha uma estrela. E agora vejo isso. Há um equilíbrio entre os jogadores. Uma diferença é que, naquela época (1971), jogavam muito por amor à camisa. Agora, há mais profissionalismo, mas também uma relação diferente com o dinheiro”, analisa Antenor.Alexandre Simões/Hoje em Dia / N/A

Antenor, de 68 anos, comentou sobre a boa fase do Atlético no Brasileirão

Na porta da seção, Uander Matias e Dalva Chagas faziam uma fila alvinegra, e feliz.

“Deu um gostinho especial pegar o título hoje de manhã, sem dúvida. Este ano a gente ganha o Brasileiro”, revelava Dalva, enquanto Uander se justificava: “sujei todas as minhas máscaras do Galo, por isso tive de pegar essa, que é azul, com minha esposa, que é da área da saúde, mas a camisa não podia faltar”.

E o resumo do que virou este 15 de novembro de 2020 para o torcedor atleticano veio numa definição do Seu Antenor: “Está sendo um domingo especial, pois estamos exercendo a democracia e curtindo uma vitória do Galo que valeu a volta à liderança do Brasileirão”.

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