(Reprodução)
Nos anos 1980, a Sega se tornou uma das grandes protagonistas no mercado de fliperamas. A empresa japonesa produziu vários clássicos como “Out Run”, “Choplifter” e “Hang-On”. Na lista também figurava “Shinobi”.
O game do ninja que arremessava estrelas mortais se tornou um clássico e não demorou para ganhar edições para Master System, sequências para Mega Drive e até mesmo uma versão Mini Game, pelas mãos da Tectoy.
No entanto, a franquia desapareceu depois de 1995, quando foi lançado “Shinobi Legions” para Sega Satun. A série só voltou em novembro de 2002, em um game exclusivo para PS2.
Batizado apenas de “Shinobi”, o jogo colocava mais uma vez o jogador na pele de um ninja. Ao contrário do grupo terrorista que era combatido no game original, a edição “Século 21” de Shinobi apostava mais no misticismo do que em uma trama conspiratória.
A história envolve dois irmãos, que foram treinados desde crianças num clã de guerreiros. A trama envolve uma espada com poderes de sugar a alma das pessoas. E cabe ao jogador percorrer as ruas de Tóquio enfrentando criaturas sobrenaturais e outros ninjas.
Hack & Slash
“Shinobi” foi um dos primeiros jogos a beber na fonte do “Hack & Slash”, um gênero de ação 3D, que estreou em 2001 com “Devil May Cry”, mas ganhou notoriedade com “God of War”.
O game apresenta elementos que seriam padrão nos jogos do gênero, como consumíveis, acúmulos de pontos de poder e armas de arremesso. Os combates são rápidos, diferentemente dos H&S posteriores, em que o jogador precisa lutar com mais afinco com seus oponentes.
Visualmente, o game tinha estética moderna. Abusava dos cenários tridimensionais. Curiosamente, apesar da idade e da limitação técnica da época, o game ainda mantém um visual agradável.
Incontáveis franquias migraram para o novo formato, inclusive “Ninja Gayden”, que era o rival da Nintendo para “Shinobi”. No entanto, a franquia não foi para frente, justamente porque seus concorrentes eram bem mais elaborados.
Em 2003, a Sega publicou “Nightshade”, que seria uma sequência de “Shinobi”, mas o game teve performance modesta. Em 2011, a produtora japonesa voltou a apostar na franquia, em um jogo para Nintendo 3DS, mais uma vez batizado apenas de “Shinobi”, que resgatou o estilo Plataforma 2D. Depois disso, a série morreu. Uma pena.