Garagem do Jabulas: Megane R.S. Trophy-R detona em Nurburgring

Marcelo Ramos
24/05/2019 às 15:24.
Atualizado em 05/09/2021 às 18:48
 (Renault)

(Renault)

Vencer os quase 21 quilômetros do Nordschleife, o anel norte de Nurburgring, é sempre um desafio. Quebrar tempo de volta é outra história. Quase que diariamente, pilotos, corredores amadores e fabricantes vão até a cidade de Nürburg confrontar 154 curvas, em que se destacam a traiçoeira Adenauer Forst e a fotogênica Karussell. 

Atualmente há diversos recordes para o traçado. Os tempos de volta se categorizam por características técnicas, como motor elétrico, híbrido ou a combustão, assim como tipo de tração. Também são discriminados os tipos de carroceria e se o carro é de produção em série, modificado ou de competição. Tudo para tornar as marcas mais justas. E na categoria de automóveis de produção em série, com tração dianteira, o rei do “Inferno Verde” é o Renault Mégane R.S. Trophy-R, com o tempo de 7m45s389. A versão nervosa do médio francês equipada com motor de 300 cv foi conduzido pelo piloto Laurent Hurgon. O carro recebeu freios Brembo e amortecedores Öhlins.

Por aqui, o representante da sigla é o Sandero R.S., que tem metade da cavalaria, mas não faz feio. 

Lauda e as labaredas do Inferno verde
Na terça-feira, dia 21, morreu o austríaco Niki Lauda, aos 70 anos, após complicações em um transplante de pulmão. Tricampeão de Fórmula 1, Lauda triunfou e também sofreu nas curvas de Nurburgring. Em 1975, a bordo da Ferrari 312T, ele quebrou o recorde do circuito que na época tinha 22.832 metros de extensão com o tempo de 6m58s6, na classificação para a prova. No ano seguinte, Lauda voltou a Nurburgring, mas sofreu o trágico acidente, em que teve parte do rosto desfigurado devido às queimaduras.

O alemão voador
Uma coisa é percorrer uma pista vazia, em que a atenção do piloto está focada apenas na condução e na tangência correta de cada curva. Outra coisa é não cometer erros e ter que defender a posição de dezenas de oponentes que brotam no retrovisor. O melhor tempo de volta, numa corrida oficial no Nordschleife, pertence ao alemão Stefan Bellof, que cravou 6m25s910, no traçado de 20.832 metros, nos 100 km de Nurburgring, de 1983, com um Porsche 956. 

Briga doméstica
Na lista de carros que voaram baixo em Nordschleife, o atual campeão entre os carros de produção é o Lamborghini Aventador LP770-4 SVJ. Em julho do ano passado, o supercarro italiano percorreu o traçado de 20,6 km em 6m44s970 superando o “primo” Porsche 911 GT2 RS, que um ano antes tinha cravado 6m47s250. No entanto, a volta mais rápida, na classificação geral, pertence ao alemão ao Porsche 919 Hybrid EVO (foto), pilotado por Timo Bernhard, com o tempo de 5m19s46, no traçado de 20,8 km.

  

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