(Marcelo Prates)
A noite de quarta-feira (12) foi de festa para a torcida do Atlético, principalmente para os sortudos que compareceram ao Independência e viram o time abrir 2 a 0 de vantagem sobre o Cruzeiro na final Copa do Brasil. Contudo, para aqueles que trabalham com a limpeza da região do entorno do estádio, localizado no bairro Horto, na zona Leste de BH, a manhã desta quinta-feira (13) foi de muito trabalho. Logo pela manhã, muito lixo estava espalhado pelas ruas que circundam o palco da primeira parte da decisão, sobretudo nas ruas Pitangui e Ismêmia Antunes. Garis da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) começaram os trabalhos por volta das 7 horas, recolhendo amontoados de sacos com copos, latas, garrafas e demais rejeitos gerados antes, durante e depois da partida. Em nota, a SLU informou que 15 profissionais foram deslocados para a limpeza da região. A expectativa era que o trabalho terminasse no início da tarde, com um total de três toneladas de lixo recolhido. Alguns documentos foram encontrados pelos responsáveis pela limpeza e torcedores que foram roubados ou furtados durante a partida ainda tentavam encontrar seus pertences. Este é o caso de Francisco Carlos da Silva, 62 anos, engenheiro de segurança. Ele foi furtado em meio ao tumulto da partida e perdeu documentos, cartões de banco e de crédito. Além da decepção expressada com o crime, ele ainda lamentou a situação caótica que foi deixada nas cercanias.
Francisco Carlos da Silva tentou, em vão, localizar seus documentos (Foto: Marcelo Prates/Hoje em Dia)
"Acho que estamos muito mal educados, tenho certeza que esse pessoal não faria isso na casa deles de jeito nenhum. Os próprios ambulantes e torcedores vão gerando esse resíduo, jogando comida e lixo no chão, eu não consigo entender", contou ao Hoje em Dia. Outro ponto que chamou a atenção do engenheiro é o livre comércio de bebidas alcoólicas próximo ao estádio. A legislação brasileira proíbe a comercialização dentro das arenas, mas não coíbe o consumo em bares e a compra de vendedores ambulantes que atuam livremente. Contudo, há nuances nos diversos estados da federação. em Minas Gerais, por exemplo, existe um Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público proibindo a venda, além de uma Lei Estadual de 2011. "Não entendo. é proibido vender bebida lá dentro, mas do lado de ora o cara bebe até a hora do jogo. Se o jogo vai começar às 22 horas, até as 21h40 pelo menos 50% dos torcedores ainda estão do lado de fora. Sinceramente não sei qual o efeito positivo de proibir a venda dentro do estádio, sendo que o cara consegue comprar a dois metros do portão", desabafou.
O caso de Francisco não foi isolado e a Polícia Militar teve trabalho antes, durante e depois do clássico. Pelo menos dez pessoas foram detidas durante a operação de segurança no Independência.
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