Ação reforça a campanha pela candidatura dos Modos de Fazer O Queijo Minas Artesanal a Patrimônio da Humanidade pela Unesco
(Daniel Miranda/divulgação Ascom governo de Minas)
Durante a maior feira de negócios de turismo da América Latina, sediada em Gramado (RS), o Governo do Estado, em parceria com o Sebrae, lançou nesta sexta-feira (8) as rotas do Queijo da Canastra e do Serro. A proposta era potencializar e fomentar o turismo de experiência associado à produção e a valorização do produto em território mineiro. Iniciativa reforça campanha pela candidatura dos Modos de Fazer O Queijo Minas Artesanal a Patrimônio da Humanidade pela Unesco. Definição deve ser anunciada pelo órgão em dezembro, no Paraguai.
Além de colocar em evidência os lugares de fabricação da iguaria, o governo mineiro acredita que as rotas vão ressaltar os atrativos naturais e culturais, ampliando as possibilidades de experiência para o visitante, e estimular o fortalecimento da atividade turística nessas regiões queijeiras.
“Esse projeto vem em consonância com o que acontecerá no final do ano (o reconhecimento como Patrimônio da Humanidade). Ao lançarmos essas rotas queremos mostrar também a cidade, os produtores, a experiência, a natureza, o ecoturismo, porque essa é uma ação extremamente e está também no âmbito do turismo verde”, pontua o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas de Oliveira.
O presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva, destacou a conquista para o turismo em Minas. “Esses novos destinos não apenas contribuirão para atrair investimentos, mas também valorizarão a identidade de origem das regiões, estimulando a geração de emprego e renda”.
Essa rota vai unir a tradição dos queijos, do café e das paisagens naturais que compõem a Serra da Canastra, abrangendo cachoeiras, grutas, trilhas e rica biodiversidade. Um dos destaques é o Parque Nacional da Serra de mesmo nome, onde nasce o Rio São Francisco -local favorável para práticas de ecoturismo e esportes de aventura.
Contemplará especialmente os municípios onde o queijo é produzido: São Roque de Minas, Medeiros, Tapiraí, Bambuí, Piumhi, Vargem Bonita e Delfinópolis, no Centro-Oeste de Minas. Anualmente, mais de 6 mil toneladas são feitas por cerca 800 produtores.
Com dois séculos de tradição, o Queijo Canastra teve seu registro de Indicação de Procedência concedido em 2012 pela Associação dos Produtores do Queijo Canastra. É feito a partir de leite cru, tem sabor levemente ácido e picante.
No ano passado, a região da Canastra obteve a Indicação Geográfica do café, na modalidade Denominação de Origem. Produz 750 mil sacas de 60 quilos por ano numa área de 33 mil hectares plantados.
O modo de fazer o queijo artesanal do Serro foi o primeiro bem cultural a ser reconhecido como patrimônio imaterial no Brasil, em 2002, pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG). Seis anos depois, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) também o reconheceu como patrimônio cultural do Brasil.
A região produtora abrange os municípios de Alvorada de Minas, Coluna, Conceição do Mato Dentro, Dom Joaquim, Materlândia, Paulistas, Rio Vermelho, Sabinópolis, Santo Antônio do Itambé, Serra Azul de Minas e Serro. Cerca de 800 pequenos produtores e agricultores familiares mantêm viva uma tradição de mais de 300 anos.
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