Gaudí e Miró: terra de gênios da arte

Paulo Leonardo - Hoje em Dia
08/11/2015 às 08:24.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:23
 (Divulgação)

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Cores. Muitas cores, formas inusitadas, movimento, alegria, pulsação. Enfim: vida. Barcelona celebra a vida em todas as suas manifestações. Você sente isso logo ao chegar à região central, especialmente na parte antiga, que é onde quase tudo acontece.

Se o futebol é a paixão dos catalães, o modernismo é a dos turistas e dos arquitetos. É impossível não gostar da enigmática construção da Catedral da Sagrada Família, uma obra inacabada de Antoni Gaudí, que deve demorar mais uns 50 anos para ficar pronta.

Gaudí dedicou 42 anos de sua vida a essa obra, com a qual inovou a arquitetura do começo do século, dando-lhe ares futuristas e trágicos. Reserve uma tarde para explorá-la. O melhor de tudo é tomar fôlego e subir até o topo de suas torres estreitas. As mais altas têm 373 degraus. Só que se você deixar para iniciar a subida muito tarde, terá que voltar no meio do caminho, já que o templo, nesta época, fecha às 18 horas.

Irresistível e imperdível também é uma visita ao Parc Güell, outra obra-prima de Gaudí. Foi uma encomenda para uma moradia de um aristocrata, e hoje é um parque aberto ao público.

Para chegar até lá, tem duas entradas: por cima, via escadas rolantes no meio da rua, e por baixo, onde está a colorida e inusitada escadaria.

Depois da Mostra Universal de 1888, Barcelona voltou a viver um “boom” de renovação estética com a Feira Universal de 1929, que incluiu os prédios da famosa região de Montjüic, hoje um dos “points” do agito, com bela vista para a cidade, o porto e o Mediterrâneo. Em Montjüic, foram colocadas fontes coloridas e criado o parque que reproduz vilas típicas das principais regiões da Espanha.

Miró, Dalí e Picasso

Entre a Mostra de 1888 e a Exposição de 1929, o ritmo da renovação barcelonense foi menos intenso, mas não cessou: artistas como Dalí, Gaudí, Mirò e Picasso trataram de manter Barcelona sempre no pico da modernidade. Até hoje, é uma das cidades mais modernas do mundo, ao mesmo tempo em que é também uma das mais antigas, fundada pelos romanos com o pomposo nome de Iulia Augusta Faventio Paterna Barcino.

Mirò nasceu em Barcelona mesmo, no Bairro Gótico, assim como o arquiteto Lluís Domènech i Montaner. Os outros gênios que contribuíram para fazer da cidade a mais criativa da Europa vieram de outras paragens espanholas: Pablo Picasso, de Málaga; Salvador Dalí, de Figueres (que também fica na Catalunha); o violoncelista Pablo Casals, de Vells; o arquiteto Josep Puig i Cadafalch, de Mataró; seu colega Antoni Gaudí, de Reus.
 

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