Com portfólio de startups avaliado em R$ 200 mi, Aleve anuncia expansão

Meta da holding - que desde 2021 atua no investimento, desenvolvimento e operação de startups jurídicas no país - é chegar ao fim do ano com 20 legaltechs

Do HOJE EM DIA
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14/05/2025 às 22:51.
Atualizado em 14/05/2025 às 22:55
CEO da Aleve e investidora anjo, Priscila Spadinger vê espaço para crescer; em 2022, pesquisa com mais de 500 advogados mostrou que 71,9% deles ainda não utilizavam soluções legaltech (Divulgação)

CEO da Aleve e investidora anjo, Priscila Spadinger vê espaço para crescer; em 2022, pesquisa com mais de 500 advogados mostrou que 71,9% deles ainda não utilizavam soluções legaltech (Divulgação)

Única Venture Builder (VB) especializada em legaltechs no Brasil, a Aleve LegalTech Ventures S/A chega a 4 anos de atuação com avaliação do portfólio de 13 startups em R$ 200 milhões e a previsão de alcançar 20 legaltechs até o fim de 2025.

A holding, que se apresenta como pioneira no investimento, desenvolvimento e operação de startups jurídicas no país, superou projeções iniciais ao antecipar retornos financeiros para a base de mais de cem investidores, ainda em 2025.

Fundada em março de 2021, surgiu para suprir a lacuna de inovação e tecnologia no setor jurídico. O modelo adotado vai além dos tradicionais Venture Capitals (VCs): como Venture Builder, a Aleve estrutura, desenvolve, opera e conecta legaltechs a investidores, mercado, ecossistemas globais, compliance, governança, tecnologia, jurídico estratégico, fundraising e M&A.

Com um modelo de alto controle e acompanhamento da concepção à maturação das startups, a Aleve afirma oferecer aos investidores maior previsibilidade, segurança e participação ativa nos ciclos de crescimento das empresas.

“Começamos o quarto ano da holding atingindo um marco que era projetado para entre cinco a nove anos de operação. Em 2025, nossos investidores começarão a colher os frutos dos seus aportes antes mesmo do previsto”, explica a advogada Priscila Spadinger, CEO da Aleve LegalTech Ventures e investidora anjo.

O portfólio inclui soluções que utilizam inteligência artificial, blockchain, automação e análise preditiva aplicadas ao Direito. Entre as startups investidas estão a Cria.AI, para redação e revisão automática de petições e documentos jurídicos por IA, e a RevisaPrev, para a antecipação, concessão e revisões constantes de benefícios previdenciários e aposentadoria, por exemplo. 

Crescimento do ecossistema de startups no Brasil e no mundo

O cenário das legaltechs no Brasil segue em franca expansão. Segundo a AB2L, o número de startups jurídicas saltou de 20, em 2017, para 623 em 2022 — revelando o enorme potencial de transformação digital no setor. Uma pesquisa com 519 advogados realizada no mesmo ano mostrou que 71,9% ainda não utilizavam soluções legaltech, reforçando o espaço de crescimento.

Globalmente, o movimento de venture building também se fortalece: segundo o Global Startup Ecosystem Report 2023 da Startup Genome, o mundo conta com mais de 150 mil startups ativas, sendo que as venture builders já representam 3 a 5 vezes mais eficiência na criação de startups bem-sucedidas do que modelos tradicionais de investimento. Ainda segundo o relatório, startups apoiadas por venture builders têm 30% mais chances de alcançar o product-market fit em menos de 2 anos, especialmente quando operam em nichos com alta complexidade técnica e regulatória — como o setor jurídico.

“A evolução da inteligência artificial e o acesso mais democrático à tecnologia têm facilitado a adesão dos profissionais jurídicos às inovações. O crescimento das startups cocriadas pela Aleve reflete esse novo momento do setor”, afirma Priscila.

O Brasil é o segundo país do mundo com mais advogados registrados — são mais de 1,4 milhão —, o que representa um mercado jurídico robusto e descentralizado. E o modelo de acesso unificado a dados públicos em todo o território nacional torna o país ainda mais atraente para investidores estrangeiros.

“Aqui, um advogado pode consultar processos de qualquer tribunal sem precisar de registros estaduais ou locais adicionais, como acontece nos EUA. Isso torna o mercado brasileiro mais integrado, eficiente e pronto para inovação — um atrativo enorme para fundos internacionais que enxergam na Aleve um ponto de entrada estratégico”, pontua a CEO.

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