O coquetel de anticorpos banlanivimabe e etesevimabe, da Lilly, não são eficazes contra a Ômicron, diz Anvisa (Lilly / Divulgação)
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) cancelou a autorização para uso emergencial de um coquetel de anticorpos (banlanivimabe e etesevimabe) para tratamento da Covid-19, produzido pela biofarmacêutica americana Eli Lilly.
A medida foi tomada depois que a Anvisa pediu estudos e informações sobre como o coquetel responderia às novas variantes do coronavírus, em especial a Ômicron. A própria empresa pediu a revogação e não enviou os estudos e dados requeridos.
Os estoques restantes já distribuídos e importados antes da decisão da agência poderão ser utilizados, mas somente para variantes que são alvo do coquetel de medicamentos.
Os anticorpos têm como objetivo neutralizar o vírus antes que entre na célula. Segundo análises da Anvisa, quando usados juntos, os dois medicamentos poderiam reduzir em até 70% a incidência da Covid-19. Tal eficácia se daria em pacientes que ainda não tenham evoluído para quadro grave ou que apresentem alto risco de progressão.
Contudo, com as novas variantes, sobretudo a Ômicron, e a incerteza sobre a eficácia do tratamento, a diretoria da Anvisa terminou por revogar a permissão emergencial.
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