Nutrientes Essenciais

Anvisa encontra irregularidades na quantidade de ferro e ácido fólico nas farinhas

Da Redação*
portal@hojeemdia.com.br
30/08/2022 às 16:28.
Atualizado em 30/08/2022 às 16:31

Segundo o Relatório do Monitoramento da Fortificação de Farinhas de Trigo e Milho com Ferro e Ácido Fólico da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mais de 30% das farinhas analisadas entre 2019 e 2021 apresentaram ferro fora dos limites estabelecidos pela legislação.

A Anvisa lembra que o enriquecimento obrigatório das farinhas de trigo e milho com ferro e ácido fólico (vitamina B9) é uma estratégia de saúde pública implementada no país desde 2002, para ajudar a combater dois graves problemas nutricionais: a anemia e a má formação do tubo neural em fetos, causada pela carência de ácido fólico.

A obrigatoriedade consta de uma resolução publicada em 2002 e atualizada pela Resolução 604/2022. As farinhas de trigo e de milho enriquecidas devem conter, até o vencimento do prazo de validade, de quatro a nove miligramas de ferro por 100 g de produto e de 140 a 220 microgramas de ácido fólico por 100 g de produto.

O monitoramento do teor desses nutrientes nas farinhas é coordenado pela Anvisa e executado pelas vigilâncias sanitárias estaduais, municipais e do Distrito Federal, pelos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen) e por outros laboratórios públicos.

Os resultados referentes ao teor de ferro nas farinhas de trigo e milho mostram que cerca de 25% das análises realizadas em 2020 e 2021 apresentaram quantidades fora dos limites estabelecidos. Para o ácido fólico, em 2021, mais da metade (51%) das farinhas analisadas apresentaram teor fora dos limites obrigatórios.

O relatório pode ser acessado no site da Vigilância Sanitária

Estratégia de saúde pública
A Anvisa explicou que o enriquecimento de alimentos com micronutrientes é uma estratégia de saúde pública adotada desde o início do século XX por diversos países. Ela é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com o objetivo de reforçar o valor nutricional de alimentos, auxiliando na manutenção e recuperação da saúde, por meio da prevenção das carências nutricionais.

“Essa estratégia depende dos quantitativos de nutrientes adicionados aos alimentos pelos fabricantes e da absorção dos compostos pelo organismo do indivíduo. Ela também depende do comprometimento de cada fabricante em cumprir os termos do acordo de suplementação que foi firmado para o alcance desses objetivos”, afirmou a agência em seu site.

Uma condição que pode ser evitada pelo enriquecimento das farinhas com ferro é a anemia, considerada um dos principais problemas de saúde pública no mundo. A estimativa da OMS é que de 50% a 90% de todos os tipos de anemia no mundo ocorram pela deficiência de ferro.

Já a carência de ácido fólico, que também provoca um tipo específico de anemia, está associada a defeitos do tubo neural e a outras anomalias precoces durante a formação dos bebês, quando as grávidas não recebem quantidade adequada desse nutriente.

(*) Com portal da Anvisa.

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