Exploração de menores

Após denúncia de Felca, Motta quer pautar projetos para proteger crianças e adolescentes na internet

Presidente da Câmara afirmou que os vídeos do influenciador denunciando a exploração de menores na internet chocaram milhões de brasileiros

Do HOJE EM DIA
portal@hojeemdia.com.br
11/08/2025 às 12:09.
Atualizado em 11/08/2025 às 14:51
Hugo Motta (Republicanos-PB) afirmou que o vídeo de Felca chocou e mobilizou milhões de brasileiros (Montagem - Reprodução/ Redes Sociais e Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

Hugo Motta (Republicanos-PB) afirmou que o vídeo de Felca chocou e mobilizou milhões de brasileiros (Montagem - Reprodução/ Redes Sociais e Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou que vai colocar em pauta projetos de lei focados na proteção de crianças e adolescentes no ambiente digital. A decisão foi motivada pela repercussão de um vídeo do youtuber Felca, que denunciou a "adultização" e exploração de menores nas redes sociais.

Em uma publicação nas redes sociais, nesse domingo (10), Motta afirmou que o tema é urgente e que chocou milhões de brasileiros. “Na Câmara, há uma série de projetos importantes sobre o assunto. Nesta semana, vamos pautar e enfrentar essa discussão”, declarou.

O vídeo de Felca, com mais de 50 minutos de duração, viralizou na última quarta-feira (6), levantando um debate sobre a exposição sexualizada de jovens na internet.

O vídeo já ultrapassou 15 milhões de visualizações. Nele, Felca denuncia o influenciador Hytalo Santos como um exemplo de criador de conteúdo que utiliza a imagem de crianças e adolescentes para ganhar números nas redes sociais. 

Durante o vídeo, o influenciador criou um perfil do zero e tentou "enganar" o algoritmo das redes sociais a entregar materiais supostamente pedófilos - que até disponibilizam um link de acesso para vídeos similares.

Influenciador investigado por suspeita de “adultização” de menores 

O influenciador digital Hytalo Santos, que possui mais de 20 milhões de seguidores, está sob investigação do Ministério Público da Paraíba (MPPB) por suspeita de "adultização" e exploração de menores em seus vídeos.

Conforme o MPPB, a apuração, iniciada em 2024 após denúncias, busca verificar se o conteúdo viola o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) ao expor jovens a situações com teor possivelmente sexualizado.

As investigações tramitam em sigilo e focam na exploração da imagem de adolescentes, como a de uma jovem de 17 anos, que, segundo as denúncias, tem a imagem utilizada de forma sensual. O promotor João Arlindo Corrêa Neto informou que o processo inclui a escuta dos adolescentes e de seus responsáveis para avaliar a situação.

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