Transmissão contínua

Brasil tem o maior número de casos de dengue no mundo, diz OMS

País registrou 2,9 milhões de casos entre janeiro e dezembro

Agência Brasil 61
25/12/2023 às 18:24.
Atualizado em 25/12/2023 às 20:49
Acumulado de casos chega a ser três vezes maior que do ano passado (Arquivo/Agência Brasil)

Acumulado de casos chega a ser três vezes maior que do ano passado (Arquivo/Agência Brasil)

O Brasil é o país com o maior número de casos de dengue no mundo em  2023. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o país registrou 2,9 milhões de casos entre janeiro e dezembro.

Os dados, divulgados na última sexta-feira (22), mostram um aumento recorde no número de casos na América do Sul. Nas últimas quatro décadas, os registros passaram de 1,5 milhão entre 1980 e 1989 para 17,5 milhões entre 2010 e 2019. A OMS avalia o cenário como de risco elevado a nível mundial, devido ao crescente risco de transmissão e ao aumento de casos e mortes.  

“Desde o início de 2023, a transmissão contínua, combinada com um aumento inesperado nos casos de dengue, resultou num máximo histórico de mais de cinco milhões de casos e em mais cinco mil mortes relacionadas com a dengue notificadas em mais de 80 países/territórios e cinco regiões da OMS.” O levantamento aponta ainda relatos, desde 2010, de casos autóctones — originário da própria região — em diversos países. Croácia, França, Israel, Itália, Portugal e Espanha são alguns deles. 

Dentre os principais fatores que contribuem com os números alarmantes, estão o aumento das temperaturas causado por fenômenos climáticos e a fragilidade dos sistemas de saúde após a pandemia de Covid-19. A infectologista Joana D’Arc ressalta a importância de monitorar a prevenção à doença durante todo o ano para evitar a proliferação do mosquito transmissor — aedes aegypti — que também é responsável pela transmissão de outras doenças como a Zika e a Chikungunya.

“É um trabalho ininterrupto, porque se eu faço toda a coleta adequada dos resíduos, a fiscalização na época de seca, se fiscalizar os terrenos onde tem a possibilidade de proliferação do vetor, se as medidas de vigilância funcionam na seca, na chuva, a gente não vai ter dengue, então esse monitoramento é permanente”, pontua.  

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