Monkeypox

Brasil usará laboratórios 'Lacens' para diagnosticar a varíola dos macacos

Agência Brasil
12/08/2022 às 20:50.
Atualizado em 12/08/2022 às 20:53

Com 2.584 casos confirmados de varíola dos macacos (Monkeypox), o Brasil deve passar a diagnosticar a doença em todos os laboratórios centrais de saúde pública (Lacens) até o final de agosto, informou nesta sexta-feira (12), em entrevista ao programa A Voz do Brasil, o ministro da Saúde Marcelo Queiroga.

De acordo com o ministro, o Governo Federal se antecipou à emergência de saúde pública de importância global declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em julho e articulou formas de lidar com a doença e receber pacientes no sistema público.

"Desde maio, quando surgiram os primeiros casos na europa, o sistema único de saúde se preparou para enfrentar essa ameaça. Enfrentamos a emergência de saúde pública causada pela Covid-19 e, desde o início, organizamos as estruturas dos laboratórios para fazermos o diagnóstico (da varíola dos macacos)", informou.

Queiroga falou sobre a letalidade e a taxa de infecção da varíola dos macacos no Brasil, que em âmbito internacional causou cinco mortes em países considerados não endêmicos, segundo dados da OMS.

"Vale lembrar que a letalidade dessa doença (varíola dos macacos) é baixa, ou seja, a maioria dos casos é simples, de tal sorte que não é algo que se assemelhe à Covid-19, apesar de ser uma emergência de saúde pública global reconhecida pela OMS", informou Queiroga.

O ministro da Saúde lembrou que a grande maioria de casos de varíola dos macacos acomete homens que fazem sexo com outros homens, e que o principal vetor de transmissão é o contato direto pele a pele ou pelas mucosas. "Isso é uma observação epidemiológica. Não tem cunho de estigmatizar cidadãos. Qualquer um pode adquirir", complementou.

Outro ponto apresentado pelo ministro é que o uso de preservativos não impede a contaminação pela varíola dos macacos. Dentre as principais características da doença estão febre, lesões de pele, ínguas e crostas. "Os indivíduos devem ficar isolados", explicou Marcelo Queiroga, que é médico.

Ele também afirmou que o tratamento da doença, até o momento, se dá pelo tratamento dos sintomas, enquanto medicamentos antivirais específicos ainda estão sendo estudados.

Poliomielite
Erradicada no Brasil em 1989, a poliomielite teve casos diagnosticados em outros países recentemente, relatou o ministro. Para evitar qualquer ocorrência da doença em solo nacional, Queiroga reforçou a importância da Campanha Nacional de Vacinação, lançada na última segunda-feira (7).

"Qual é a nossa arma? A vacinação. É por isso que nós fazemos um apelo aos pais, aos avós: que levem filhos e netos para as salas de vacinação", disse o ministro.

O esquema vacinal para a poliomielite tem duas fases. Na primeira, a criança toma três doses injetáveis: a primeira aos dois meses de vida; a segunda aos 4 meses; a terceira aos 6 meses. A segunda fase, de reforço, por via oral, deve ser administrada a partir de 1 ano e 3 meses. A segunda dose das gotinhas deve ser dada aos 4 anos, e não deve ultrapassar os 6 anos, 11 meses e 29 dias.

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