Maior cotação do grão fez do produto in natura um artigo cada vez mais cobiçado por bandidos
Em fevereiro, por exemplo, seis pessoas foram presas preventivamente durante uma operação policial que investiga o roubo de uma carga de café em Lavras avaliada em R$ 320 mil (Leonardo Morais/ arquivo Hoje em Dia)
O café estará no centro de uma discussão no Legislativo mineiro nesta segunda-feira (17), mas não pela alta do preço ao consumidor final - o que vem impactando a inflação e o bolso dos brasileiros. A maior cotação do grão fez do produto in natura um artigo cada vez mais cobiçado pelos ladrões, e uma audiência na Assembleia vai debater a prevenção e o combate ao roubo de safras e os crimes contra produtores e trabalhadores do setor no Estado.
Promovido pela Comissão de Segurança Pública, o encontro acontece às 14 horas, no Auditório José Alencar da ALMG, em Belo Horizonte.
O autor do requerimento é o deputado Professor Cleiton (PV). Ele justifica a solicitação considerando a importância da safra de café de 2025 para a economia regional e do Estado e a crescente preocupação dos produtores rurais com a segurança no campo.
No mês passado, por exemplo, seis pessoas foram presas preventivamente durante uma operação policial que investiga o roubo de uma carga de café em Lavras avaliada em R$ 320 mil.
Na avaliação do parlamentar, o produto gera empregos e renda, mas, por outro lado, tem atraído criminosos após o aumento da saca do grão.
Isso tem ocasionado furtos e assaltos, o que aumenta a vulnerabilidade de trabalhadores e produtores.
“Com o preço do café em alta, é fundamental que haja um planejamento estratégico das forças de segurança para garantir a proteção das propriedades, dos trabalhadores e da produção agrícola”, afirma Professor Cleiton.
Para o parlamentar, com a audiência será possível identificar os desafios no combate à criminalidade na cafeicultura mineira e discutir medidas e ações planejadas para assegurar uma safra de café mais segura para todos.
Recentemente, foram noticiados vários casos de roubos de café no Estado e em municípios paulistas próximos da divisa com Minas.
Um dos relatos é de que cerca de 500 sacas de café, avaliadas em R$ 1 milhão, foram levadas de uma fazenda às margens de rodovia estadual em Cássia (Sul), em janeiro deste ano. O caseiro da propriedade foi rendido enquanto dormia, junto com a esposa, por seis homens encapuzados.
Outro incidente ocorreu quando três suspeitos de roubar sacas de café em fazenda em Altinópolis (SP) morreram durante troca de tiros com a Polícia Militar de São Paulo na zona rural de Ibiraci (MG).
Entre os convidados para a reunião estão o representantes das Polícias Militar e Civil, de Guardas Municipais, de entidades dos setores cafeeiro e agropecuário, além de gestores de órgãos governamentais envolvidos com a temática.
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