O Indigenista Bruno Araújo e o jornalista Dom Phillips (Reprodução Redes Sociais)
A Polícia Federal informou que os “remanescentes humanos” encontrados no local indicado por Amarildo da Costa Pereira chegam em Brasília na tarde desta quinta-feira (16) para realização de perícia. Segundo o delegado da Polícia Federal no Amazonas, Eduardo Alexandre Fontes, essa perícia deve confirmar a identidade dos corpos e vai esclarecer as circunstâncias do crime.
Na noite desta quarta-feira (15), a Polícia Federal informou que Amarildo da Costa, um dos suspeitos de estar envolvido no desaparecimento do jornalista inglês Dom Phillips e do indigenista brasileiro Bruno Pereira confessou participação no crime e levou os policiais até o local onde os corpos teriam sido enterrados.
Segundo o delegado Eduardo Alexandre Fontes, o crime aconteceu a poucos quilômetros da fronteira entre o Brasil e o Peru. Segundo o delegado, os corpos foram enterrados a cerca de três quilômetros do local do crime, em um local de floresta alagada, de difícil acesso.
A princípio, o crime teria sido cometido com arma de fogo. A força tarefa, que envolve a Polícia Federal e a Polícia Civil do Amazonas, ainda investiga o caso para saber a motivação do crime e, de acordo com o delegado da Polícia Civil do Amazonas, Guilherme Torres, outras prisões devem acontecer em breve.
Até o momento, a Polícia Federal confirmou a prisão de dois suspeitos, Amarildo da Costa Pereira e o irmão dele, Oseney da Costa Pereira.
O indigenista Bruno Araújo Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips, correspondente do jornal The Guardian no Brasil, estão desaparecidos desde 5 de junho, na região do Vale do Javari, no oeste do Amazonas.
De acordo com a coordenação da União das Organizações Indígenas do Vale do Javari (Univaja), Bruno Pereira e Dom Phillips chegaram na sexta-feira (3) no Lago do Jaburu, nas proximidades do rio Ituí, para que o jornalista visitasse o local e fizesse entrevistas com indígenas.
Segundo a Unijava, no domingo (5), os dois deveriam retornar para a cidade de Atalaia do Norte, após parada na comunidade São Rafael, para que o indigenista fizesse uma reunião com uma pessoa da comunidade apelidada de Churrasco. No mesmo dia, uma equipe de busca da Unijava saiu de Atalaia do Norte em busca de Bruno e Dom, mas não os encontrou e eles foram dados como desaparecidos.
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