Assessora do órgão, Kátia Cursi destacou que o que houve foi um equívoco sobre a compreensão da Consulta Pública 144
Kátia Audi Curci nega restrição à realização de mamografia para mulheres com menos de 50 anos (Luiz Santana/ ALMG)
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) desmentiu nesta quinta-feira (9), em Belo Horizonte, as informações de que seria contrária à realização de mamografia por mulheres com menos de 50 anos. Assessora do órgão, Kátia Cursi destacou que o que houve foi um equívoco sobre a compreensão da Consulta Pública 144, disponibilizada pela agência.
“O objetivo da consulta foi instituir o Programa de Certificação de Boas Práticas em Atenção à Saúde das Operadoras de Planos Privados de Assistência à Saúde. Nesse ponto, ela recomendava a busca ativa das pacientes entre 50 e 69 anos que não haviam realizado o exame, mas de forma alguma restringia a realização a partir dos 40 anos. Inclusive, para mulheres com fatores de alto risco, esse rastreamento pode acontecer antes disso”, destacou.
A afirmação de Kátia aconteceu em uma audiência pública da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O deputado Arlen Santiago (Avante), que solicitou a audiência, fez uma breve exposição sobre os dados de câncer de mama no Brasil.
“Dados de 2022 mostram que o câncer de mama foi responsável por 13 óbitos em cada 100 mil mulheres. O diagnóstico tardio é o grande problema, por isso os exames preventivos devem começar cada vez mais cedo."
Pesquisas demonstram que até 23% das mortes causadas pela doença entre mulheres de 40 a 50 anos poderiam ser evitadas com a realização da mamografia preventiva, o que traria um impacto financeiro de R$ 100 milhões anuais para o Estado.
Para ampliar os cuidados, Minas garantiu 64 novos mamógrafos que vão operar em diferentes regionais do Estado, segundo Fernanda Vilarino Jorge, representante da Secretaria de Estado de Saúde.
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