Mistério

Esposa e irmã de jornalista britânico Dom Phillips, que sumiu na Amazônia, fazem apelo ao Brasil

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
07/06/2022 às 20:21.
Atualizado em 07/06/2022 às 20:39
O jornalista britânico Dom Phillips trabalha como correspondente do The Guardian na América Latina (Twitter / tomphillipsin / Reprodução)

O jornalista britânico Dom Phillips trabalha como correspondente do The Guardian na América Latina (Twitter / tomphillipsin / Reprodução)

A brasileira Alessandra Sampaio, esposa do jornalista britânico Dom Phillips, de 57 anos, que desapareceu na Amazônia junto com o indigenista Bruno Araújo Pereira, fez um apelo emocionado nas redes sociais pedindo que as autoridades brasileiras se esforcem para encontrar o “amor da vida dela”.

“Quero fazer um apelo ao Governo Federal e aos órgãos envolvidos para que intensifiquem os esforços de busca, porque ainda temos alguma esperança de encontrá-los. Mesmo que eu não encontre o amor da minha vida vivo, eles devem ser encontrados, por favor, intensifiquem a busca”, pediu Sampaio, chorando, na gravação que foi compartilhada no perfil de Dom Phillips no Twitter.

O jornalista do periódico britânico The Guardian foi visto pela última vez na manhã do último domingo (5) viajando de barco por uma região remota do rio Javari ao lado do indigenista Bruno Araújo Pereira.

De acordo com o jornal britânico, dias antes do sumiço, Bruno chegou a ser ameaçado por sua oposição aos pescadores ilegais do rio Javari e, no último sábado (4), um grupo de homens armados ameaçou membros da associação indígena Univaja, que haviam sido fotografados e entrevistados por Dom Phillips.

Os dois foram vistos pela última vez seguindo de lancha em direção à cidade fluvial de Atalaia do Norte.

Ao The Guardian, a irmã do jornalista, Sian Phillips, disse que estava tentando se manter positiva apesar da falta de notícias. Ela pediu à comunidade internacional que pressione o Brasil para se esforçar mais nas buscas.

“O tempo é crucial, porque sabemos que eles podem ser sequestrados, mas também pode ter havido falha mecânica e estão presos e com suprimentos escassos. Portanto, é crucial que (as autoridades brasileiras) estejam procurando com toda a estrutura, conhecimento e recursos que o exército possui”, acrescentou Phillips, que vive em Lancaster, no Reino Unido.

Na noite dessa segunda-feira (6), a Marinha do Brasil disse que sete de seus oficiais estavam envolvidos na busca, enquanto o Exército informou que membros de uma divisão de infantaria da selva foram enviados para o último local em que foram avistados.

A Polícia Federal também afirmou que vem realizando medidas investigativas e de inteligência policial e que fez incursões na calha do rio Itaquaí, mais precisamente no trecho compreendido entre a frente de proteção etnoambiental itui-itauqai e Atalaia do Norte.

Já a Funai disse que está em contato com as forças de segurança, de forma a colaborar com as buscas. Em nota, a fundação comentou que, embora o indigenista Bruno da Cunha Araújo Pereira integre seu quadro de servidores, ele não estava na região em missão institucional, pois se encontrava de licença.

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