O ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, de 64 anos, foi executado a tiros na noite desta segunda-feira (15), em Praia Grande, no litoral paulista. O crime chocou as autoridades e o governador Tarcísio de Freitas determinou mobilização total das polícias Civil e Militar para investigar o caso.

O assassinato de Ruy Ferraz Fontes, que foi atingido por mais de 20 tiros, pode ter relação com sua atuação histórica no combate ao crime organizado. O delegado ficou conhecido por ser um dos maiores inimigos do Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele esteve à frente das investigações que levaram à prisão de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder da facção.

Uma das principais hipóteses para a motivação do crime é a vingança do PCC. A segunda linha de investigação apura se a execução pode ter sido uma reação de criminosos contrariados pela atuação de Ruy Fontes na Secretaria de Administração da Prefeitura de Praia Grande.

Câmeras de segurança registraram o momento da emboscada. O carro da vítima foi perseguido por criminosos, que atiraram contra o veículo. O carro de Ruy Fontes bateu em um ônibus, e os atiradores desceram do automóvel e continuaram a atirar.

Ruy Ferraz Fontes comandou a Polícia Civil paulista entre 2019 e 2022, e também atuou em departamentos importantes como o Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o Departamento Estadual de Investigações contra Narcóticos (Denarc) e o Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap).

A Prefeitura de Praia Grande e a SSP-SP lamentaram a morte do delegado.