A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) confirmou nesta quinta-feira (9) o primeiro caso de varíola dos macacos no Brasil. A infecção foi detectada em um paciente que está internado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo (SP).
“A confirmação ocorreu pelo Instituto Adolfo Lutz após realização de diagnóstico diferencial de detecção por PCR-RT do vírus Varicela Zoster (com resultado negativo) e análise metagenômica do material genético, quando então foi identificado o genoma do Monkeypox vírus”, informa a SES-SP em nota enviada ao Hoje em Dia.
O paciente é um homem de 41 anos, residente da capital paulista, que possui histórico de viagem para Portugal e Espanha. Conforme a Secretaria, ele apresenta bom estado clínico. “Todos os contatos do paciente estão sendo monitorados pelas equipes de vigilância”, esclarece a SES-SP.
O Centro de Vigilância Epidemiológico do Estado de SP e a Prefeitura de São Paulo também estão investigando outro caso suspeito da varíola dos macacos. Trata-se de uma mulher de 26 anos que também reside na capital paulista.
A Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo também confirmou ao Hoje em Dia o resultado positivo do paciente internaido no hospital Emílio Ribas.
"A Covisa ressalta que acompanha o cenário nacional e internacional sobre a varíola dos macacos (monkeypox), e está em contato com o Ministério da Saúde ) e o Governo do Estado, por meio do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde. O órgão emitiu um alerta comunicando as principais características da doença e medidas a serem tomadas pelos equipamentos de saúde do munícipio e segue acompanhando os casos".
Sobre a doença
A infecção causada pelo vírus Monkeypox (do gênero Orthopoxvirus, o mesmo da varíola humana) pode ser transmitida pelo contato próximo/íntimo com pessoa infectada e com lesões de pele, explica a Secretaria de Saúde de SP.
Para ser contaminado com a doença, o contato pode ser por abraço, beijo, massagem, relações sexuais ou secreções respiratórias próximas e por tempo prolongado. “A transmissão também ocorre por contato com objetos, tecidos (roupas, lençóis ou toalhas) e superfícies que foram utilizadas pelo doente”, informa a SES-SP.
Não há tratamento específico para a varíola dos macacos, mas de forma geral os sintomas são leves e requerem cuidado e observação das lesões na pele, que se formam como erupções que podem conter líquido.
Os primeiros sintomas podem ser febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos (nódulos nos vasos linfáticos) inchados, calafrios ou cansaço. De um a três dias após o início desses sinais, as pessoas desenvolvem as lesões de pele que podem estar nas mãos, boca, pés, peito, rosto ou regiões genitais.
Os sintomas costumam desaparecer de forma natural após algumas semanas.
Dicas de prevenção:
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