(Reprodução Instagram)
Um jovem de 23 anos, negro e transexual, que morreu em 28 de junho de 2020, foi a segunda pessoa no Brasil a receber retificação póstuma do nome. O ato se deu em meio à celebração do Dia do Orgulho LGBTQIA+, comemorado na última terça-feira (28). O primeiro caso de correção do registro civil foi de Samantha, uma mulher trans, em maio deste ano.
"Foi a conclusão de um sonho. Meu filho deve estar orgulhoso", disse Ivoni Campos, mãe de Demétrio.
A retificação foi conquistada no mutirão de requalificação civil realizado pela Defensoria Pública do Rio de Janeiro em parceria com a Justiça Itinerante, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Demétrio nasceu em Tamoios, distrito de Cabo Frio, e aos 19 anos se mudou para São Paulo, para tentar a vida como modelo.
Por causa do preconceito pela cor e por ser trans, foi agredido e teve as costelas quebradas. A mãe relatou que os trabalhos como modelo eram difíceis por causa do racismo e da transfobia.
Para sobreviver, Demétrio trabalhava fazendo bicos como barman e segurança em boates. Com o advento da pandemia, ele ficou sem renda e, pela terceira vez, tentou o suicídio.
A família o acolheu e levou de volta para casa. Mas, aos 23 anos, por conta da depressão, acabou tirando a própria vida.
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