Segundo o inspetor Silvinei Vasques, o público principal será o caminhoneiro (Valter Campanato/Agência Brasil)
O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, foi exonerado pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), nesta terça-feira (20). Ele é réu por improbidade administrativa acusado de pedir votos irregularmente para Bolsonaro durante a disputa presidencial.
Silvinei também é investigado pelos bloqueios ilegais montados pela PRF no dia do segundo turno das eleições. Os agentes abordaram ônibus com eleitores, descumprindo as ordens do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que proibiu ações policiais no dia do pleito. Também existe a suspeita da omissão por parte do ex-diretor diante dos bloqueios antidemocráticos realizados por bolsonaristas que não concordavam com o resultado das eleições.
A exoneração foi publicada na edição desta terça-feira (20) do Diário Oficial da União (DOU) e assinada pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.
O Ministério Público Federal (MPF), que pedia o afastamento de Silvinei, argumentou que ele usou o cargo indevidamente e indicou diversas oportunidades em que o ex-diretor pediu votos irregularmente para Bolsonaro.
No mês passado, o agora ex-diretor da PRF prestou depoimento à Polícia Federal e negou ter agido com motivação política.