Genivaldo dos Santos

Manifestantes vão às ruas do Rio e pedem justiça para homem morto em Sergipe

Agência Brasil
28/05/2022 às 16:53.
Atualizado em 28/05/2022 às 17:14
 (Tomaz Silva/Agência Brasil)

(Tomaz Silva/Agência Brasil)

Manifestantes se reuniram na manhã deste sábado (28) no centro do Rio de Janeiro em um protesto organizado pelo movimento negro e ativistas dos direitos humanos pedindo justiça para Genivaldo dos Santos, morto em Sergipe no dia 25.

O sergipano, de 38 anos, morreu após uma abordagem de policiais rodoviários federais. Imagens veiculadas na internet mostram a vítima presa dentro de uma viatura esfumaçada e as suspeitas são de que a fumaça era um gás disparado pelos policiais.

O ato aconteceu na avenida Presidente Vargas, em frente ao Monumento a Zumbi dos Palmares. Os participantes do ato também pediram o fim das chacinas e do que classificaram de genocídio do povo negro.

Os manifestantes levaram faixas e cartazes com dizeres como "Parem de nos Matar" e "Vidas Negras Importam", além de uma ilustração do rosto de Genivaldo com um pedido de justiça.

O Instituto Médico Legal (IML) de Sergipe identificou de forma preliminar que a vítima teve como causa da morte insuficiência aguda secundária a asfixia. A Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) estão investigando o caso e a PRF disse, em nota divulgada na quinta-feira (26), que está comprometida com a apuração da ocorrência e colaborando com as autoridades responsáveis pela investigação.

Os policiais rodoviários federais envolvidos na morte de Genivaldo foram afastados.

A manifestação se manteve em frente ao monumento e teve falas de ativistas, políticos e lideranças de movimentos sociais e de favelas, que protestaram contra a brutalidade do crime e a violência policial contra a população negra. 

Complexo da Penha

O ato também lembrou a operação conjunta da Polícia Militar do Rio de Janeiro e da Polícia Rodoviária Federal realizada nesta semana no Complexo da Penha, em que houve 23 mortes. A ação foi a segunda mais letal da história do Estado.

A PM afirmou no dia da operação que as equipes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e da PRF se preparavam para uma incursão que tinha como objetivo prender lideranças criminosas, quando bandidos começaram a fazer disparos de armas de fogo na parte alta da comunidade e houve confronto.

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro instaurou um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) para apurar as circunstâncias das mortes, que também estão sendo investigadas pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).

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