Na Tailândia, 9 morreram e 101 estão desaparecidos sob os escombros de um prédio que desabou.
Cenário de destruição após terremoto de magnitude 7,7 (Reprodução/Redes Sociais)
A devastação causada pelo forte terremoto de magnitude 7,7 que atingiu Mianmar na última sexta-feira (28) causou ao menos 1.644 mortos, conforme informou a mídia estatal birmanesa neste sábado (29). O balanço divulgado nesta manhã apontou ainda um total de 2.376 feridos.
O tremor, que teve seu epicentro localizado a apenas 16 km a noroeste da cidade de Mandalay, na região central do país, e a uma profundidade de apenas 10 km, foi sentido com grande intensidade também na Tailândia e na China.
A dimensão da tragédia se revelou com o passar das horas. Inicialmente, as informações davam conta de 144 mortos e 732 feridos. Uma atualização posterior elevou esse número para 694, e a mais recente divulgação da mídia estatal confirma a perda de mais de mil vidas.
O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) já havia emitido um alerta vermelho na sexta-feira, prevendo um cenário sombrio e estimando que o terremoto poderia deixar mais de 10 mil mortos, classificando o desastre como "generalizado" devido à probabilidade de "muitas vítimas e danos extensos".
Em Mandalay, a segunda maior cidade de Mianmar, a população desesperada utilizou as próprias mãos para escavar os escombros de edifícios que desabaram, na tentativa de resgatar sobreviventes presos. A chegada de maquinário pesado e de equipes de resgate oficiais ainda era aguardada em muitos locais afetados.
A Tailândia também sofreu as consequências do forte abalo sísmico. Em Bangkok, a capital tailandesa, um prédio em construção desabou completamente. Equipes de resgate foram mobilizadas para buscar 101 pessoas que estavam desaparecidas sob os escombros. Até o momento da última atualização, nenhum sobrevivente havia sido encontrado. O governo tailandês confirmou a morte de pelo menos nove pessoas na cidade.
A junta militar que governa Mianmar, no poder desde o golpe de Estado de 2021, decretou estado de emergência em seis regiões do país, incluindo Sagaing, Mandalay e a capital.
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que se encontra em viagem oficial no Vietnã, em Hanói, sentiu os tremores do terremoto na região. No entanto, o ministro que acompanha a comitiva brasileira informou que nenhum membro foi impactado pelo abalo sísmico.