(Cemig / Divulgação)
Trinta e cinco pessoas morreram em Minas após 132 acidentes envolvendo eletricidade no ano passado. Pelo menos esse é o número oficial contabilizado pela Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel). Porém, o dado pode ser até três vezes maior, já que nem todas os casos são notificados às autoridades, conforme a própria associação admite.
Na tentativa de alertar a população sobre os riscos dos choques elétricos, a campanha Agosto Vermelho acontece neste mês com o tema: “Se ligue! Entre a vida e a sorte, escolha viver com segurança”. Ações de conscientização serão realizadas principalmente por meio das redes sociais.
Dentre os alertas está a lista dos principais causadores de acidentes elétricos no Brasil, que são os fios desencapados e de má qualidade, utilização de "Ts" e benjamins - que também podem provocar incêndios -, mau uso da energia e dos equipamentos e acidentes na construção civil.
Técnico de Segurança do Trabalho da Cemig, César Souza reforça que os fios desencapados representam uma séria preocupação principalmente dentro das casas. Segundo ele, a exposição geralmente ocorre devido a desgaste, mau isolamento, instalação inadequada ou danos físicos aos cabos.
"É essencial que todas as instalações elétricas sejam realizadas por profissionais qualificados, seguindo as normas de segurança adequadas. Além disso, é fundamental que essas instalações sejam inspecionadas periodicamente para identificar e corrigir esses riscos", afirma César Souza.
Cenário no país
De acordo com a Abracopel, 1.828 acidentes envolvendo eletricidade ocorreram no Brasil em 2022. Ao todo, 686 pessoas perderam a vida. A associação também mostrou o aumento de 35% do número de incêndios provocados após problemas na rede elétrica, com 874 registros e 55 óbitos.
* Estagiária sob supervisão de Renato Fonseca
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