Durante o Natal

PM registra mais de 2 mil ligações no 190 denunciando 'rolezinhos do grau' e 'rangangan'

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
26/12/2023 às 11:14.
Atualizado em 26/12/2023 às 12:20
 (Reprodução/Redes Sociais)

(Reprodução/Redes Sociais)

Mais de 2 mil denúncias de direção perigosa e perturbação do sossego foram registradas pela Polícia Militar via telefonemas no 190 entre a noite de domingo (24) e a madrugada de segunda-feira (25) em Belo Horizonte e em sua região metropolitana. São chamados de moradores para os conhecidos "rolezinhos do grau", onde motociclistas se juntam para manobras perigosas e muito barulho, cortando o giro do motor das motocicletas, causando o "rangangan" na descarga das motos. 

As ocorrências, conforme a corporação, foram registradas em várias regiões da Grande BH e interior de Minas Gerais. A porta-voz da corporação, a major Layla Brunela, explica que a prática de manobras perigosas pelas ruas é criminosa. "É uma ação nova. Pelo volume de veículos provavelmente foi combinada pelas redes sociais, mas que de imediato foi reprimida com ações da PM", explicou. Conforme a militar, para o réveillon, no próximo domingo (31), a PM vai intensificar a repreensão. “A Diretoria de Operações da polícia já tem operações previstas para o Ano Novo e vamos atuar com um trabalho mais preventivo”, detalhou.

Além da capital, com registro de 140 denúncias em praticamente todas as regionais, no interior houve várias ocorrências também. Em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, seis homens foram presos e 42 motocicletas apreendidas durante uma operação.

Já em Matias Barbosa, na Zona da Mata, um sargento da reserva do Corpo de Bombeiros, de 53 anos, foi preso suspeito de matar um motociclista que estaria participando de um “rolezinho do grau”.

De acordo com o Boletim de Ocorrência, o militar estaria dormindo quando cerca de 15 motocicletas faziam muito barulho na cidade. O bombeiro relatou que faz uso de medicamento controlado e estava dormindo quando acordou após ouvir a algazarra, e que a mãe dele, acamada e também com problemas psiquiátricos começou a gritar desesperada. 

O militar explicou ainda que pegou a arma e foi para a rua, onde encontrou o grupo de motociclistas e fez disparos de advertência para o alto e, como não surtiu efeito, atirou contra um muro, mas sem a intenção de matar.

Entretanto, um desses motociclistas, foi atingindo, bateu no meio-fio, caiu e morreu. O militar da reserva foi preso e encaminhado para o quartel do Corpo de Bombeiros, em Juiz de Fora, na mesma região.

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