Violência

Policial agride mulher em estação de metrô em São Paulo

Secretaria de Segurança diz que o autor foi afastado da função

Agência Brasil
08/04/2024 às 19:21.
Atualizado em 08/04/2024 às 19:41
Mulher foi agredida com um tapa no rosto por um policial militar (Frame/TV Brasil)

Mulher foi agredida com um tapa no rosto por um policial militar (Frame/TV Brasil)

Uma mulher foi agredida e acuada por um policial militar fardado, na Estação da Luz, em São Paulo, no último sábado (6). Vídeos que mostram o ataque têm circulado pelas redes sociais, sobretudo em perfis de entidades e militantes da causa LGBTQIA+, desde a madrugada desta segunda-feira (8).

Nas imagens, é possível ver a jovem no chão da plataforma da linha azul, encolhida, diante do policial. O agente, que permanece de pé diante dela, desfere um tapa em seu rosto.

"Baixa o tom [de voz]. Baixa o tom", ordenou o policial à vítima. 

"Vá para fora", acrescentou ele, que olha para a câmera que flagrou a agressão, enquanto passa diante dela para seguir seu caminho na plataforma. 

"Precisa bater nas pessoas?", indaga a vítima, após a violência.
De acordo com boletim de ocorrência, o policial ainda a golpeou com tapas na cabeça. A vítima também alega ter levado um chute na região da costela e que estava sentada quando o policial a abordou. 

Procurado pela Agência Brasil, o Metrô afirmou que quem responde pelo episódio é apenas a Secretaria da Segurança Pública (SSP). A pasta disse que "lamenta o ocorrido" e que o policial foi identificado e afastado de sua função. 

"A Polícia Militar instaurou um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar as circunstâncias dos fatos", adicionou o órgão na nota encaminhada. A SSP não prestou esclarecimentos sobre questões apresentadas pela reportagem, como o cargo do policial -, já que pode ter patente -, o tempo em que o agente está em atividade e se já foi punido anteriormente por conduta semelhante. 

A ativista Jacqueline Chanel, que está à frente do projeto Séfora's, de acolhimento de pessoas trans e travestis, denunciou o caso à Coordenação de Políticas para LGBTI. A coordenação é subordinada à prefeitura de São Paulo.  

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