Covid-19

Resultados positivos de teste PCR-RT cresceram de 3% para 37% em janeiro no Brasil, diz Fiocruz

01/02/2022 às 20:10.
Atualizado em 01/02/2022 às 20:15
 (Roque de Sá/Agência Senado)

(Roque de Sá/Agência Senado)

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou nesta terça-feira (1º) que aumentou o número de testes PCR-RT positivos para Covid-19 analisados em seus laboratórios. Em dezembro de 2021, a cada 100 exames, três davam positivos. Em janeiro, até o dia 24, de cada 100 testes, 37 eram positivos para o SARS-CoV-2. Desde o início da pandemia, as centrais de processamento da Fiocruz analisaram 35% de todas as amostras de PCR colhidas no Sistema Único de Saúde (SUS).

Os dados sobre os testes PCR realizados na rede pública e analisados pelos laboratórios da Fiocruz são consolidados e monitorados pelo Escritório de Testagem da Fiocruz, com base em fontes como o Sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial do Ministério da Saúde (GAL) e as Centrais de Grande Processamento da Fiocruz, no Rio de Janeiro, Ceará e Paraná.

O levantamento mostra que as três centrais da fundação registraram aumento na quantidade de testes positivos. A Unidade de Apoio ao Diagnóstico da Covid-19 baseada no Rio de Janeiro (Unadig-RJ), que processa amostras do próprio estado, do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais, saiu de 2% de exames positivos em dezembro, quando foram processados 52 mil testes PCR-RT, para 37% até 24 de janeiro de 2022, com 88 mil amostras analisadas.

Na unidade baseada no Ceará, que analisa amostras do próprio estado, Santa Catarina e São Paulo, o percentual de testes positivos aumentou de 4%, em um universo de 13 mil exames, para 40%, em 58 mil amostras. Já no Paraná, onde são processadas somente amostras do próprio estado, a positividade subiu de 4% para 35%, enquanto o número de testes processados aumentou de 65 mil, em dezembro, para 120 mil até 24 de janeiro.

O número de exames realizados estava em uma trajetória de queda no mês de dezembro. Na primeira semana epidemiológica do mês, foram processados pela Fiocruz 41 mil testes, número que caiu para 22 mil na última semana. Ao longo de janeiro, porém, a demanda cresceu de forma acelerada até chegar a 121 mil apenas na terceira semana epidemiológica (16 a 22 de janeiro), o que representa um aumento de 195% na comparação com a média das oito semanas anteriores.

Desde o início da pandemia, as centrais da Fiocruz já processaram mais de 9,5 milhões de exames PCR em apoio ao Ministério da Saúde, atendendo a 23 unidades da federação. Esse teste é considerado padrão ouro para detecção do SARS-CoV-2 e também é o ideal para diagnosticar pessoas assintomáticas e com baixa carga viral.

Para a coordenadora-geral da Unadig, Erika de Carvalho, o contexto de confraternizações de fim de ano e relaxamento das medidas de isolamento social após o avanço da vacinação ajudam a explicar o aumento de casos. "Isso fez com que a Ômicron expandisse e contaminasse uma quantidade tão grande de pessoas. Sabemos que ela é uma cepa cujo contágio é mais fácil e isso explica bem os números", disse a pesquisadora à Agência Fiocruz de Notícias.

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