O consórcio Infraestrutura MG, formado pelas empresas Equipav e Perfin, arrematou nesta segunda-feira (8) o lote rodoviário Triângulo Mineiro em leilão realizado em São Paulo (SP). Ele foi o único concorrente a participar do pregão e fez oferta de valor da tarifa básica do pedágio de R$ 11,48, um centavo abaixo do máximo permitido pelo edital (R$ 11,49).
O leilão estava previsto para ser realizado na bolsa de valores B3, de SP, mas uma ação judicial do Ministério Público Federal (MPF) impediu que o evento ocorresse ali. A Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade de Minas Gerais (Seinfra-MG) optou por realizar o pregão em um prédio próprio, nas proximidades da B3, no centro da capital paulista.
O grupo vencedor será responsável pela concessão de 627,4 km de rodovias entre as cidades mineiras de Uberlândia, Uberaba, Patrocínio e Araxá.
Rodovias
O projeto, de exploração, conservação, manutenção, melhoramentos e ampliação da infraestrutura, abrange trechos das rodovias BR-452 (96 km), BR-365 (130,1 km), CMG-452 (65,5 km), CMG-462 (93,2 km), LMG-782 (16,4 km), LMG-798 (42,5 km), LMG-812 (7,2 km), MG-190 (71,9) e MG-427 (104,6 km).
Segundo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que participou da estruturação do projeto de privatização, estão previstos investimentos de R$ 3,2 bilhões, sendo R$ 1,4 bilhão nos oito primeiros anos da concessão.
O consórcio vencedor será responsável pela duplicação de 36,1 km e implantação de 55 km de faixas adicionais, além de 353 km de acostamento, 52 dispositivos de interseção e rotatórias, três travessias de pedestres e 13 km de pavimentação, entre outras melhorias.
Ação na Justiça
O MPF em Minas obteve na manhã desta segunda (8), na Justiça Federal, a suspensão do leilão em decisão publicada pelo juiz federal José Humberto Ferreira, da 2ª Vara Federal Cível e Criminal de Uberlândia (MG).
Apesar da determinação, o pregão ocorreu no meio da tarde. De acordo com a Seinfra-MG, a pasta não havia sido notificada.
Leia Mais: