Patenteado pela Ufla

Sorvete de inhame 'bom pra saúde' é mineiro, uai!

Sobremesa sem lactose e gordura tem maior concentração de minerais devido ao processo de fermentação e recebeu patente válida por 20 anos

DO HOJE EM DIA*
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Publicado em 30/12/2024 às 06:00.
O processo patenteado oferece uma formulação diferenciada, garantindo a redução dos compostos antinutricionais — substâncias naturais que dificultam a absorção de nutrientes — presentes no inhame. Dessa forma, há maior disponibilidade de minerais (Freepik)

O processo patenteado oferece uma formulação diferenciada, garantindo a redução dos compostos antinutricionais — substâncias naturais que dificultam a absorção de nutrientes — presentes no inhame. Dessa forma, há maior disponibilidade de minerais (Freepik)

Refrescante, diferente e, acima de tudo, saudável - especialmente para quem sofre de intolerância à lactose. Um sorvete de inhame fermentado, sem lactose e sem adição de gordura, acaba de ter o processo de produção patenteado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). A invenção, desenvolvida na Universidade Federal de Lavras (Ufla), tem o potencial de estimular a produção de sorvetes mais adequados às necessidades nutricionais de diferentes públicos, acompanhando a tendência de consumo de alimentos mais saudáveis e funcionais. 

O “gelado de inhame” surgiu a partir do trabalho de tese da pós-doutoranda Nadia Nara Batista, no âmbito do Programa de Ciências dos Alimentos da Ufla. A patente tem validade por 20 anos e a expectativa agora é pela manifestação de interessados na compra ou no licenciamento da tecnologia para produção do sorvete. 

A sobremesa foi desenvolvida a partir da fermentação do inhame pela bactéria Leuconostoc lactis, criando uma alternativa nutritiva para o consumo do tubérculo. O inhame é rico em carboidratos, aminoácidos essenciais, minerais e vitaminas. A fermentação dele aumenta a concentração de minerais e preserva compostos como as saponinas, que possuem propriedades anti-inflamatórias e prebióticas.

O processo patenteado oferece uma formulação diferenciada, que propõe a utilização do inhame fermentado por Leuconostoc lactis, garantindo a redução dos compostos antinutricionais — substâncias naturais que dificultam a absorção de nutrientes — presentes no inhame. Dessa forma, há maior disponibilidade de minerais, além de preservar as concentrações de esteróides sapogeninas. 

Outra vantagem da invenção é contribuir para reduzir as perdas pós-colheita do inhame e servir de incentivo ao maior aproveitamento do tubérculo na alimentação.

Além de Nadia Nara Batista, são responsáveis pela invenção a docente do Departamento de Biologia da Ufla Rosane Freitas Schwan, que orientou a aluna; e a professora de Ciência e Tecnologia de Alimentos da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) em Diamantina (MG) Cíntia Lacerda Ramos, que a coorientou. O projeto foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). 

Interessados na compra ou no licenciamento da tecnologia, ou em obter mais informações, podem entrar em contato com a Diretoria de Inovação e Tecnologia da Ufla (Dintec) pelos endereços eletrônicos pi.transferencia@ufla.br e dintec.prpi@ufla.br ou pelo telefone (35) 3829 4507.

(*Texto adaptado da versão disponível no Portal da Ciência da Ufla. O original pode ser lido aqui)

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