(Reprodução/Twitter)
O torcedor da Galoucura suspeito de atirar e matar um rival da Máfia Azul em BH no início do ano, antes de um clássico no Mineirão, em BH, foi denunciado nesta segunda-feira (6) pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) por homicídio qualificado.
O homicídio aconteceu no dia 6 de março, no bairro Boa Vista, região Leste da capital. Segundo a denúncia, antes de ser baleado, a vítima também foi agredida e sofreu lesões corporais.
Segundo a denúncia, membros da Galoucura Zona Leste combinaram um encontro antes da partida e iriam até uma distribuidora para comprar bebidas e conversar. Por volta das 11 horas, um grupo de torcedores da Máfia Azul chegou ao local levando porretes e pedaços de pau.
Ainda de acordo com o MPMG, eles atiraram pedras e artefatos explosivos artesanais contra os atleticanos, que revidaram, resultando em briga generalizada. O torcedor do Galo, segundo o documento apresentado à Justiça, teria sacado uma arma de fogo, que portava ilegalmente, e atirado contra a torcida rival. Uma pessoa ficou ferida.
Rodrigo Marlon, torcedor do Cruzeiro de 25 anos, foi ferido no tórax durante o confronto. Ele chegou a sofrer uma parada cardíaca, foi reanimado e encaminhado em estado grave ao Hospital João XXIII, mas não resistiu aos ferimentos. Marlon deixou um filho de 5 anos.
Após os crimes, o agressor ainda teria apontado a arma novamente em direção a outros torcedores rivais, sendo impedido pelos colegas de torcida.
A Denúncia considerou que os crimes foram cometidos por motivo torpe. E quepodem ser definidos como crimes de ódio, praticados com recurso que dificultou a defesa das vítimas, que não poderiam esperar que houvesse uso de armas de fogo por integrantes da torcida rival. A pena pode chegar a 30 anos de reclusão.
Após os crimes o MPMG recomendou à Federação Mineira de Futebol (FMF) que os torcedores das duas torcidas adversárias fossem banidas dos estádios e do entorno dos estádios de todo o país nos dias de jogos, considerado como entorno o raio de cinco mil metros, perímetro de segurança e vinculação com o evento esportivo.
Segundo o documento, os torcedores ficam impedidos de usar, portar e exibição de qualquer vestimenta, faixa, bandeira, instrumento musical ou qualquer objeto que possa caracterizar a presença da torcida nos estádios ou nos seus respectivos entornos nos dias de jogos.
A recomendação, que foi adotada pela FMF, considerou que as duas torcidas “não cumprem com sua finalidade associativa e proporcionam cenas de violência em ambientes públicos, colocando em risco a segurança da população (...) nos estádios e entorno”, afirma o documento.
Nós procuramos a torcida organizada Galoucura e aguardamos o retorno sobre um posicionamento sobre a denúncia contra o integrante. Nós não conseguimos localizar a coordenação da Máfia Azul.
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