Diante do cenário de contenção de despesas, por causa do ajuste fiscal, o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, afirmou nesta terça-feira (9) que "não será fácil a gestão do MEC" em 2015. Em audiência pública no Senado, Janine garantiu que os repasses para questões essenciais, como merenda e transporte escolar, serão preservados, mas que outros programas, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e o programa Ciências Sem Fronteiras terão de ser reformulados.
"Não será fácil a gestão do MEC este ano. Isto eu deixo muito claro, e nós estamos procurando fazer o melhor. Não adianta brigarmos com a realidade. Temos limites no orçamento e o orçamento é limitado pela economia. Então, não podemos propor ou prometer o que não é viável agora", disse.
Janine afirmou que além da reformulação de programas, o governo também vai ter de diminuir o ritmo de expansão do ensino superior. "Obras que estão avançadas serão concluídas. Obras que estão muito no início serão adiadas. É com dor no coração que dizemos isto, mas a realidade é esta", argumentou.
Apesar de o slogan do novo governo da presidente Dilma Rousseff ser "Pátria Educadora", o ministério foi o terceiro mais atingido pelo corte no Orçamento anunciado no mês passado. A pasta perdeu R$ 9,4 bilhões em recursos e terá de trabalhar com um orçamento de R$ 39 bilhões.
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