Falta de contratações ‘de peso’ impediram uma melhor relação com a China Azul
Ronaldo e torcida do Cruzeiro (Staff Images Cruzeiro)
Foram 2 anos, 4 meses e 11 dias da gestão de Ronaldo Fenômeno no Cruzeiro. Nesta segunda-feira (29), o sócio majoritário da SAF celeste irá assinar a venda da SAF para Pedro Lourenço. No período que esteve à frente do clube, viveu momentos de amor e ódio junto ao torcedor.
Em 2024, a China Azul ficou na expectativa por reforços que pudessem elevar a qualidade do elenco, após Ronaldo prometer “mais audácia”. A terceira temporada da "Era Fenômeno" começou com quatro competições pela frente : Campeonato Mineiro, Copa do Brasil, Sul-Americana e Brasileirão. Sem “nomes de peso”, o time terminou como vice do Estadual, foi eliminado vexatoriamente da Copa do Brasil e faz uma péssima campanha na competição continental. Salva o Brasileiro, onde está na 7ª colocação - com a mesma pontuação do 4º lugar.
Parte da torcida perdeu a paciência com o gestor: um bandeirão com imagem do Fenômeno foi queimado após o terceiro empate na Sul-Americana, contra um time que luta para não ser rebaixado no campeonato chileno.
No ano passado, as cobranças também ocorreram, mas com uma parcela de compreensão por ter sido o ano da volta da Raposa à Série A. Ao final do ano, o time limitado conseguiu atingir o principal objetivo, a permanência na elite do futebol brasileiro e a disputa da Sul-Americana.
O início
Em 2022, Ronaldo viveu a glória no comando do time ao ser ovacionado por ter encabeçado a compra da SAF e montado um elenco que conquistou a série B com sobras. Para ter o comando do futebol do Cruzeiro, Fenômeno acertou a compra por R$ 400 milhões. Deste montante, o empresário injetou R$ 50 milhões na assinatura do acordo e os outros R$ 350 milhões seriam diluídos nos cinco anos seguintes.