(Montagem sobre fotos de Bruno Cantini/Atlético e Alexandre Loureiro/Lightpress)
Quando Atlético e Cruzeiro anunciaram as contratações dos atacantes Fred e Ramon Ábila, ambas em junho, a expectativa era de que a briga pela artilharia no estado ficaria restrita ao ex-camisa 9 do Fluminense e ao argentino contratado junto ao Huracán. Contudo, após dois meses dos anúncios, Fred, com cinco gols em 14 jogos, virou mero coadjuvante da disputa, dando lugar a Robinho, artilheiro do Campeonato Brasileiro com 10 tentos marcados. Ábila, por sua vez, tem cumprido bem a missão e, com oito gols em dez jogos, ajuda o Cruzeiro a se livrar de vez da incômoda zona do rebaixamento da Série A, e também a avançar na Copa do Brasil.
O trabalho do argentino tem sido tão bem feito, que o jogador arrancou elogios do técnico Mano Menezes após a vitória do time celeste contra o Botafogo, por 5 a 2, na última quinta-feira. “O Ábila nasceu chutando para o gol”, destacou o treinador, elogiando a qualidade de finalização do camisa 50.
O treinador do Cruzeiro tem mesmo motivos para comemorar. O seu time não perde há seis partidas, sendo cinco pelo Campeonato Brasileiro e uma pela Copa do Brasil.
Em todas elas, Ramón Ábila balançou a rede adversária, sendo que nos 5 a 2 sobre o Botafogo ele marcou duas redes, a primeira delas em cobrança de pênalti, o primeiro que ele cobrou com a camisa cruzeirense.
Fazendo história
Conhecido por executar bem a função de servir os centroavantes, o camisa 7 do Atlético mostra nesta temporada que também tem sangue de goleador.
Com 21 gols em 36 jogos, Robinho tem executado papel importante no time comandado por Marcelo Oliveira na busca pelo topo da tabela e também do título nacional, que não é conquistado há 45 anos.
Com tantos gols marcados, o “Rei das Pedaladas”é quem mais balançou as redes com a camisa alvinegra em quatro das últimas cinco temporadas. Além de Robinho e Fred, outro atleticano que poderia estar na briga com Ábila é o também argentino Lucas Pratto. Com 11 gols na temporada – um no Brasileirão – o “Urso”, porém, vive momento antagônico.
Convocado para defender a seleção argentina nas Eliminatórias da Copa – nas partidas contra Uruguai e Venezuela – e ser o “homem-gol” da equipe comandada por Edgardo Bauza, o atacante oscila entre o banco de reservas e a titularidade no clube mineiro.