Governo de Minas vai enviar um substitutivo ao Orçamento que tramita na Assembleia

O governo de Minas vai encaminhar à Assembleia Legislativa (ALMG), em meados de fevereiro, um substitutivo ao Orçamento em tramitação na Casa. O texto será feito nos moldes ditados pelo novo chefe do Executivo, Fernando Pimentel (PT). Segundo o secretário de Planejamento e Gestão, Helvécio Magalhães, a peça vai considerar “a realidade da arrecadação” do Estado. Hoje, Pimentel governa com um duodécimo do orçamento do ano anterior, já que o deste ano não foi aprovado pelo Legislativo.
“Estamos com uma abertura orçamentária em vigor, cumprindo o pagamento da folha e abrindo custeio de 80%. Estamos trabalhando em um novo orçamento porque o texto na ALMG tinha uma supervalorização da receita de 2015”, afirmou Magalhães durante coletiva sobre a crise hídrica em Minas no Palácio Tiradentes.
Sem estimativa
Na ocasião, ele disse que não há uma estimativa do valor da receita para este ano e garantiu que as operações de crédito ou empréstimos serão usadas para “cobrir investimentos” e não para cobrir despesas, como na gestão anterior, segundo o secretário.
“Até o meio de fevereiro vamos ter isso ajustado e aprovaremos na Assembleia até o fim de fevereiro. Até lá, vamos pagar a folha de janeiro”, acrescentou.
Questionado sobre o rombo nas contas do Estado, Magalhães voltou a dizer que a situação é de déficit, mas que o valor só será confirmado ao final de março, quando se encerra a auditoria de 90 dias pedida por Fernando Pimentel sobre a situação financeira do Estado. “O que temos encontrado é sempre um número diferente”, afirmou o secretário de Planejamento e Gestão.
No Portal da Transparência do governo estadual, a informação até o início dessa semana era de um rombo de R$ 1,5 bilhão, mas o próprio secretário chegou a estimar um saldo negativo de até R$ 4 bilhões.