O Ministério de Relações Exteriores do Egito informou que o ex-presidente deposto, Mohammed Morsi, está num local seguro e que é tratado de "maneira muito digna". O porta-voz do Ministério, Badr Abdel-Atti, disse aos jornalistas nesta quarta-feira que nenhuma acusação foi feita contra Morsi, que foi derrubado no dia 3 de julho.
Ele afirmou, porém, que "para sua própria segurança e pela segurança do país, é melhor mantê-lo...caso contrário, as consequências serão terríveis".
O comunicado foi feito enquanto as autoridades do país intensificam a repressão à Irmandade Muçulmana. Nesta quarta-feira, a promotoria geral do país ordenou a prisão do líder espiritual do grupo, que mantém sua oposição ao novo governo e recusou ofertas para participar da administração interina.
Além dos principais líderes da Irmandade, 200 pessoas foram indiciadas nesta quarta-feira por suposta participação nos confrontos nas proximidades do prédio da Guarda Republicana, que na segunda-feira deixaram 54 mortos, a maioria partidários de Morsi.
Os acusados permanecerão presos por 15 dias, durante investigações sobre assassinato, incitamento à violência, posse de armas ilegais e perturbação da ordem e da segurança pública, informou uma fonte à agência France Presse.
No total, 650 pessoas foram detidas por causa dos confrontos, mas 450 delas foram libertadas sob fiança, declarou a fonte. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.
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