Governo federal anuncia assinatura de termo para continuidade do programa das cisternas

Jornal O Norte
19/11/2007 às 19:40.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:23

O secretário nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS- Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Onaur Ruano, anunciou, na última semana, a assinatura de um novo termo de parceria com a ASA- Articulação no Semi-Árido Brasileiro, para a construção de mais cisternas na região semi-árida do País. Embora o número de reservatórios a serem construídos não tenha sido divulgado, Ruano afirmou que o novo contrato deve ser assinado com a ASA ainda em dezembro desse ano.

O anúncio foi feito em Feira de Santana, na Bahia, durante o ato público promovido pela Articulação, em celebração a mais de um milhão de pessoas com acesso à água no Semi-Árido, graças à construção de mais de 220 mil cisternas nos 11 estados que compõem a região. O compromisso do governo federal, divulgado pelo secretário, foi prestigiado por cerca de cinco mil agricultores e agricultoras que pediam a continuidade da parceria entre o MDS e a ASA.

Para Onaur, esse novo termo de parceria, significa estabelecer uma relação com uma rede de organizações da sociedade civil capaz de gerir os recursos públicos com eficiência e seriedade.

- Em primeiro lugar, eu gostaria de dizer que essa é a principal parceria para que consigamos cumprir com o objetivo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias e de todos do governo federal, de fazer com que o direito humano à alimentação seja efetivado para todas as pessoas do Semi-Árido brasileiro. A ASA é o parceiro que tem conseguido fazer, com a maior eficiência, essa política pública. E, não só tem atingido todas as metas com os recursos que a gente tem investido nesse processo, mas tem feito muito  mais do que o planejado. Todas as vezes que pegamos os relatórios de execução do trabalho da ASA, temos a feliz constatação que mais cisternas foram construídas do que aquelas, que estavam no projeto. Isso, significa uma capacidade de gestão do recurso com seriedade, declarou.

Um exemplo dessa afirmação foi dado por Naidison de Quintella Baptista, coordenador da ASA, pelo Estado da Bahia e anfitrião do evento, durante a fala pública no Campo do São Paulo, local onde o ato foi realizado.

- Foi com o apoio dos parceiros que chegamos a construir 220 mil cisternas no Semi-Árido. Chegamos hoje aqui com 1,1 milhão de pessoas com acesso à água potável no Semi-Árido. Isso só foi possível pela força das famílias que tornam o P1MC uma realidade, explicou.

Do total de cisternas construídas pela ASA, cerca de 160 mil foram erguidas com recursos da União. O coordenador da ASA pelo Estado de Pernambuco, Aldo dos Santos, destacou que o Programa é um instrumento político e pedagógico.

- Esse processo de mobilização social que fez a gente estar aqui não significa número de cisterna, não significa cimento, ferro e areia, e sim, um povo que conseguiu conquistar dignidade e auto-estima para querer lutar por terra, por uma educação contextualizada, combater a desertificação, entre outros.

O P1MC- Programa Um Milhão de Cisternas Rurais, da ASA, construiu, até o momento, 221.327 cisternas em 1.031 municípios brasileiros. Isso, significa a ampliação da capacidade de armazenamento de água na região em 3 bilhões e meio de litros. A meta da ASA é construir um milhão desses  reservatórios, envolvendo cinco milhões de pessoas e possibilitando-lhes a garantia do acesso à água potável.

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