Governo quer 1,25% do mercado mundial até 2010

A nova política industrial que será anunciada pelo governo nos próximos dias estabelecerá como meta, na área do comércio exterior, que o Brasil detenha 1,25% do comércio internacional em 2010, contra os atuais 1,14%. A informação foi dada pelo secretário de Comércio Exterior, do MDIC - ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Welber Barral. Ele abriu nesta quarta-feira, na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, no Rio de Janeiro, o 124º Encontro de Comércio Exterior.

Com a meta, o secretário estima que as exportações do Brasil deverão chegar a US$ 220 bilhões por ano em 2010. Barral enfatiza que, para chegar a essa fatia do comércio mundial, o Brasil terá que elevar as exportações até que cheguem a um patamar superior ao de outros mercados.

De acordo com ele, se o Brasil conseguir atingir a meta, ficará à frente de exportadores tradicionais como a Suíça e a Suécia, por exemplo. Em relação a outros países emergentes, o Brasil enfrenta a concorrência da China, que detém 8% das exportações globais, e da Rússia, com 2,5%. Já a Índia tem 1% dos embarques internacionais, percentual inferior ao do Brasil.

O governo quer que a fatia exportada pelas micro e pequenas empresas aumente para pelo menos 4% no próximo ano. Hoje, a participação delas no valor exportado pelo Brasil é de 1,7%, enquanto as médias empresas alcançam 6,7%.

A pauta das exportações brasileiras é diversificada. Hoje os aviões são os principais produtos exportados. A lista segue com automóveis, máquinas em geral e tratores. As commodities são o segundo grupo em vendas externas. O terceiro grupo é aquele que engloba produtos com alto grau de inovação, o que, segundo Barral, não diz respeito somente a componente tecnológico. Neste caso, pode envolver também aspectos como marca e design.(com informações da A.B)