(Lucas Prates/ 20-02-2016)
Caso não alterem o trajeto proposto, 17 blocos de rua de Belo Horizonte que reuniriam mais de 10 mil pessoas não poderão desfilar no Carnaval este ano. Dentre as agremiações estão o Juventude Bronzeada, a Corte Devassa, o Pisa na Fulô e o Volta Belchior. Os deslocamentos dos cortejos não receberam o aval do Corpo de Bombeiros por possíveis ameaças à segurança dos foliões.
Os principais problemas, conforme o tenente Pedro Aihara, assessor de imprensa da corporação, são a proximidade de rios e ribeirões, viadutos e áreas de alagamento. Os blocos têm até a véspera da festa para apresentarem uma nova proposta de deslocamento e só poderão desfilar com a autorização dos bombeiros. Nesta terça-feira (31), os organizadores dos cortejos estão se reunindo com os oficiais para acertar os detalhes e regularizar a saída nas ruas da capital.
"No caso do Juventude Bronzeada, que é um dos blocos que ainda está irregular, o grande problema é que estão passando por uma região de viadutos, ali no viaduto do Floresta, onde há um estreitamento da via. Como ele junta uma multidão, corre o risco de alguém cair da estrutura", diz o tenente.
No entanto, ele reforça que a intenção da corporação é garantir a segurança e permitir que os desfiles ocorram normalmente. “Queremos que todos sejam aprovados. Nós estamos nos reunindo com os blocos que tiveram algum impedimento desde dezembro e estamos sugerindo novos trajetos para que possam sair no Carnaval, sem prejudicar ninguém”, explica.
Inicialmente, dos 511 cortejos que se cadastraram na Belotur, 102 tiveram o deslocamento vetado. Mas boa parte deles já apresentou propostas alternativas de local de desfile e deixou a lista de interdição. Em 2017, após revisão dos trechos a serem percorridos, todos os blocos foram autorizados a participar da festa.
A representante do bloco Corte Devassa, Lira Ribas, afirma que o trajeto do grupo continua praticamente o mesmo. Em reunião com a Belotur, ficou acordado apenas que o grupo não ocuparia mais o Viaduto Floresta, onde costumavam ficar por cerca de duas horas, para que o trânsito continue fluindo na região.
“Continuamos concentrando na Sapucaí, passamos pelo viaduto Santa Tereza, e avenida Afonso Pena. Resolvemos porque é uma mudança pequena, que não afetaria a gente. Pensamos que assim como temos direito de ocupar a cidade, quem não participa do Carnaval também deve conseguir transitar”, garante.