A capital da Tunísia, Túnis, estava praticamente paralisada nesta sexta-feira. Os voos que tinham como destino ou partida do país foram cancelados por causa da greve geral convocada por um poderosos sindicato, em razão do assassinato de um conhecido político de esquerda.
A greve foi convocada para hoje para coincidir com o funeral do líder opositor Chokri Belaid, morto na quarta-feira, informou o aeroporto internacional de Túnis.
"Todas as partidas de chegadas foram canceladas para toda a sexta-feira", informou o serviço do aeroporto à agência France Presse, acrescentando que os cancelamentos incluem voos domésticos e internacionais. "Por causa da greve, os aviões não podem ser atendidos" pelos funcionários em solo, informou uma fonte.
Poucos ônibus e bondes eram vistos nas ruas quase vazias e havia poucos passageiros utilizando os serviços. A paralisação foi convocada pelo sindicato União Geral dos Trabalhadores da Tunísia (UGTT) para coincidir com o funeral de Belaid, advogado e grande crítico do partido governista, o Ennahda, que foi morto a tiros do lado de fora de sua casa.
O assassinato do popular líder opositor resultou em dois dias de confrontos entre policiais e opositores em várias partes do país, o que deixou vários feridos e um policial morto. Há temores de que confrontos aconteçam nesta sexta-feira.
Dezenas de milhares de pessoas são esperadas no funeral de Belaid, após as orações semanais no país Islâmico, cuja antigas tradições seculares têm sido ameaçadas pela ascensão de um dos mais poderosos partidos islamitas da região. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.
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