A greve dos motoristas e cobradores de ônibus chegou ao décimo dia nesta quarta-feira, 05, sem perspectiva de acabar. Os trabalhadores, que dependem do transporte coletivo, têm se submetido a esperas de duas a três horas para conseguir embarcar em lotações do sistema seletivo, vans e micro-ônibus escolares e até veículos clandestinos. Além dos contratempos, estão gastando mais porque, em vez dos R$ 2,80 do ônibus, estão pagando R$ 4,20 por viagem nos veículos alternativos.
O comércio da cidade não parou, mas sentiu a queda do movimento. Uma estimativa feita pela Câmara de Dirigentes Lojistas indica que o segmento deixou de faturar R$ 100 milhões desde o início da paralisação dos ônibus. Em fevereiro, as lojas liquidam estoques e costumam receber grande fluxo de clientes. Neste ano, no entanto, o movimentou caiu para menos da metade dos anos anteriores.
Desde a semana passada os rodoviários descumprem decisão da Justiça que determinou a circulação de 70% nos horários de pico e mantêm a reivindicação de reajuste salarial de 14%. A Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP) afirma que não pode ir além dos 7,5% oferecidos na segunda-feira e anunciou que, como a greve foi declarada ilegal, vai descontar os dias parados na folha de pagamento de fevereiro.
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